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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ação integrará PM, Polícia Civil, GCM e fiscais da Prefeitura

A partir das 8h do dia 2 de dezembro, até as 18h da véspera do Natal, tanto o centro da cidade como os polos comerciais dos bairros, estarão com reforço policial por meio da ação integrada "Natal Seguro", a ser desencadeada pela Polícia Militar e Guarda Civil Municipal, com o apoio do setor de Fiscalização da Prefeitura. A operação visa garantir segurança e tranquilidade no período das compras. A Polícia Civil, por sua característica do trabalho investigativo, anunciou que apenas o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), atuará apenas em locais onde houver maior incidência de um determinado crime, e que desde novembro vem trabalhando para os esclarecimentos dos crimes contra o patrimonio, e a prisão dos acusados.

Em coletiva nesta terça pela manhã na sede do 7º Batalhão da Polícia Militar, o capitão Vanclei Franci, chefe da Seção de Comunicação Social da Polícia Militar de Sorocaba, e o comandante da Guarda Civil Municipal, Benedito Zanin, falaram que a novidade deste ano será a integração entre as duas forças, no sentido de que as duas corporações atuem em pontos estratégicos separadamente, favorecendo assim que mais viaturas possam estar em mais locais ao mesmo tempo. Rubens Costa Júnior, diretor da área de Fiscalização da Prefeitura, disse que a função de sua pasta será combater o comércio irregular por vendedores ambulantes, bem como garantir que o consumidor possa ir às compras, especialmente no centro da cidade, com conforto ao não ter o passeio público bloqueado por exposição externa de produtos, bem como não sofrer com os sons altos das lojas.

De acordo com o capitão Vanclei e o comandante da GCM, antigamente era normal ver as respectivas viaturas num mesmo local, e que agora a ideia é que não haja "sobreposição de forças", e sim que elas atuem individualmente, atingindo assim maior número de locais no mesmo instante. Na prática, as viaturas estarão estacionadas em pontos estratégicos e de fácil visibilidade, conseguindo assim inibir o criminoso, bem como mostrar para a população que a polícia está nas ruas.
Vanclei Franci explicou que os pontos estratégicos, como os principais corredores, serão alternados de tempos em tempos, e frisou que os bairros que possuem polo comercial bastante ativo serão também incluídos na ação integrada, como por exemplo o Wanel Ville, Jardim São Guilherme, Éden, entre outros. O capitão disse também que a definição dos tais pontos, nos bairros, serão passadas pelos comandantes das respectivas áreas. Tanto no centro da cidade, como nos bairros, serão empregados reforços humanos por meio da escola de formação de solados, e pela Atividade Delegada, que permite que o policial militar trabalhe em dia de folga, com o pagamento sendo feito pela Prefeitura.

No tocante à fiscalização, o diretor Rubens Costa Júnior disse que não será permitido o comércio irregular por comerciantes, devendo a mercadoria ser apreendida e somente devolvida mediante a comprovação de origem lícita e do pagamento de uma taxa de fiscalização no valor aproximado de R$ 250. Em caso de reincidência não há pagamento de taxa e nem devolução da mercadoria, que se for proveitosa será doada para alguma entidade beneficente.
Os comerciantes que obstruírem as calçadas com exposição de seus produtos serão inicialmente notificados para que as vias fiquem livres para a passagem dos pedestres, mas no caso de desobediência será aplicada uma multa de R$ 2.300,00. Nos casos específicos de estabelecimentos comerciais situados sob marquises (onde o espaço é maior), a orientação é de que se encaminhe um requerimento solicitando a utilização do espaço externo, devendo então aguardar a avaliação. Também foi divulgado que a propaganda irregular, como por exemplo músicas em volume muito alto dentro das lojas, estará sujeito à multa de R$ 400.

Dicas de segurança


O chefe da Seção de Comunicação Social do 7º Batalhão, capitão Vanclei Franci, e o comandante da GCM, Benedito Zanin, foram taxativos em salientar que a segurança da população, nos períodos de compras, se dá também às medidas cautelares adotadas por cada um.

As velhas e tradicionais dicas como não ostentar dinheiro, bem como andar (para mulheres) com as bolsas voltadas para a frente do corpo, e de preferência utilizar cartões em vez de dinheiro vivo, são algumas das medidas de proteção elencadas por eles. Entre as dicas de segurança estão também as de deixar o carro sempre em estacionamento pago, e no caso de impossibilidade, deixá-lo ao menos numa rua movimentada e iluminada.
Entretanto, conforme frisou capitão Vanclei, a preocupação não se refere apenas aos momentos de compra, valendo também para o retorno dos consumidores às suas casas: não parar se perceber alguém suspeito, e acionar a polícia diante de uma situação de perigo.

Polícia Civil

O delegado seccional Marcelo Carriel disse ontem que no período de festas de final de ano aumentam também os crimes contra o patrimonio e a Polícia Civil empenha esforços para elucidação desses casos e prisão dos autores.
Exemplos recentes são as prisões de integrantes de duas quadrilhas de roubo de veículos pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), nos últimos 15 dias. No primeiro caso, de uma quadrilha de roubo de carro que migrou para extorsão mediante sequestro, duas pessoas foram presas e outras duas estão procuradas, e no segundo caso, apresentado anteontem, dois adolescentes, que fazem parte da "Gangue da Raposo", foram apreendidos. O terceiro comparsa, um adolescente de 14 anos permanece foragido. O trio, de acordo com o delegado titular da DIG, foi responsável por dez roubos de carros a partir do dia 23 de outubro. Com esses acusados fora das ruas, a expectativa é que crimes contra o patrimonio reduzam.

Marcelo Carriel também destacou a importância da comunidade em colaborar com a segurança a partir de denúncias sobre autorias de crimes e ou de locais de paradeiros de procurados. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 197 (Polícia Civil). De acordo com Carriel, de janeiro deste ano até outubro, a Polícia Civil prendeu, por meio de flagrantes e mandados de prisão oriundos das investigações, 1.133 pessoas. Os dados se referem à área abrangida pela Seccional (Sorocaba e mais 17 municípios), mas segundo o seccional, 70% das prisões aconteceram em Sorocaba. 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Por que os vendedores ambulantes são chamados de camelôs?

Tudo indica que esse estranho apelido nasceu nas ruas da França. No século 12, a palavra camelot - provavelmente, uma modificação do árabe khmalat, que significava "tecido rústico e felpudo" - entrou para o vocabulário francês para designar um tipo de tecido feito com pêlo de camelo. Importado de países do norte da África e do Oriente Médio, o produto era muito apreciado por sua textura macia, pelo brilho e por ser um bom isolante térmico. "No comércio de Paris, esse tecido popular era anunciado aos berros pelos vendedores, que foram batizados com o nome da mercadoria que vendiam. O problema é que, muitas vezes, o pêlo de camelo não passava de uma imitação barata de pêlo de cabra. Assim nasceu o sentido que associa o camelô a um vendedor de produtos falsificados", afirma o etimologista Deonisio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Mais tarde, variações na língua francesa assimilaram o sentido pejorativo com o verbo cameloter.
Registrado pela primeira vez no século 17, o termo significa "vender quinquilharias ou proceder sem polidez". Dois séculos depois, a palavra camelote foi usada com o sentido de "mercadoria grosseira, de acabamento insuficiente". Da França, o vocábulo cruzou o oceano Atlântico e aportou no Brasil, no início do século 20, onde manteve o sentido depreciativo.