Lomadee


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ação integrará PM, Polícia Civil, GCM e fiscais da Prefeitura

A partir das 8h do dia 2 de dezembro, até as 18h da véspera do Natal, tanto o centro da cidade como os polos comerciais dos bairros, estarão com reforço policial por meio da ação integrada "Natal Seguro", a ser desencadeada pela Polícia Militar e Guarda Civil Municipal, com o apoio do setor de Fiscalização da Prefeitura. A operação visa garantir segurança e tranquilidade no período das compras. A Polícia Civil, por sua característica do trabalho investigativo, anunciou que apenas o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), atuará apenas em locais onde houver maior incidência de um determinado crime, e que desde novembro vem trabalhando para os esclarecimentos dos crimes contra o patrimonio, e a prisão dos acusados.

Em coletiva nesta terça pela manhã na sede do 7º Batalhão da Polícia Militar, o capitão Vanclei Franci, chefe da Seção de Comunicação Social da Polícia Militar de Sorocaba, e o comandante da Guarda Civil Municipal, Benedito Zanin, falaram que a novidade deste ano será a integração entre as duas forças, no sentido de que as duas corporações atuem em pontos estratégicos separadamente, favorecendo assim que mais viaturas possam estar em mais locais ao mesmo tempo. Rubens Costa Júnior, diretor da área de Fiscalização da Prefeitura, disse que a função de sua pasta será combater o comércio irregular por vendedores ambulantes, bem como garantir que o consumidor possa ir às compras, especialmente no centro da cidade, com conforto ao não ter o passeio público bloqueado por exposição externa de produtos, bem como não sofrer com os sons altos das lojas.

De acordo com o capitão Vanclei e o comandante da GCM, antigamente era normal ver as respectivas viaturas num mesmo local, e que agora a ideia é que não haja "sobreposição de forças", e sim que elas atuem individualmente, atingindo assim maior número de locais no mesmo instante. Na prática, as viaturas estarão estacionadas em pontos estratégicos e de fácil visibilidade, conseguindo assim inibir o criminoso, bem como mostrar para a população que a polícia está nas ruas.
Vanclei Franci explicou que os pontos estratégicos, como os principais corredores, serão alternados de tempos em tempos, e frisou que os bairros que possuem polo comercial bastante ativo serão também incluídos na ação integrada, como por exemplo o Wanel Ville, Jardim São Guilherme, Éden, entre outros. O capitão disse também que a definição dos tais pontos, nos bairros, serão passadas pelos comandantes das respectivas áreas. Tanto no centro da cidade, como nos bairros, serão empregados reforços humanos por meio da escola de formação de solados, e pela Atividade Delegada, que permite que o policial militar trabalhe em dia de folga, com o pagamento sendo feito pela Prefeitura.

No tocante à fiscalização, o diretor Rubens Costa Júnior disse que não será permitido o comércio irregular por comerciantes, devendo a mercadoria ser apreendida e somente devolvida mediante a comprovação de origem lícita e do pagamento de uma taxa de fiscalização no valor aproximado de R$ 250. Em caso de reincidência não há pagamento de taxa e nem devolução da mercadoria, que se for proveitosa será doada para alguma entidade beneficente.
Os comerciantes que obstruírem as calçadas com exposição de seus produtos serão inicialmente notificados para que as vias fiquem livres para a passagem dos pedestres, mas no caso de desobediência será aplicada uma multa de R$ 2.300,00. Nos casos específicos de estabelecimentos comerciais situados sob marquises (onde o espaço é maior), a orientação é de que se encaminhe um requerimento solicitando a utilização do espaço externo, devendo então aguardar a avaliação. Também foi divulgado que a propaganda irregular, como por exemplo músicas em volume muito alto dentro das lojas, estará sujeito à multa de R$ 400.

Dicas de segurança


O chefe da Seção de Comunicação Social do 7º Batalhão, capitão Vanclei Franci, e o comandante da GCM, Benedito Zanin, foram taxativos em salientar que a segurança da população, nos períodos de compras, se dá também às medidas cautelares adotadas por cada um.

As velhas e tradicionais dicas como não ostentar dinheiro, bem como andar (para mulheres) com as bolsas voltadas para a frente do corpo, e de preferência utilizar cartões em vez de dinheiro vivo, são algumas das medidas de proteção elencadas por eles. Entre as dicas de segurança estão também as de deixar o carro sempre em estacionamento pago, e no caso de impossibilidade, deixá-lo ao menos numa rua movimentada e iluminada.
Entretanto, conforme frisou capitão Vanclei, a preocupação não se refere apenas aos momentos de compra, valendo também para o retorno dos consumidores às suas casas: não parar se perceber alguém suspeito, e acionar a polícia diante de uma situação de perigo.

Polícia Civil

O delegado seccional Marcelo Carriel disse ontem que no período de festas de final de ano aumentam também os crimes contra o patrimonio e a Polícia Civil empenha esforços para elucidação desses casos e prisão dos autores.
Exemplos recentes são as prisões de integrantes de duas quadrilhas de roubo de veículos pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), nos últimos 15 dias. No primeiro caso, de uma quadrilha de roubo de carro que migrou para extorsão mediante sequestro, duas pessoas foram presas e outras duas estão procuradas, e no segundo caso, apresentado anteontem, dois adolescentes, que fazem parte da "Gangue da Raposo", foram apreendidos. O terceiro comparsa, um adolescente de 14 anos permanece foragido. O trio, de acordo com o delegado titular da DIG, foi responsável por dez roubos de carros a partir do dia 23 de outubro. Com esses acusados fora das ruas, a expectativa é que crimes contra o patrimonio reduzam.

Marcelo Carriel também destacou a importância da comunidade em colaborar com a segurança a partir de denúncias sobre autorias de crimes e ou de locais de paradeiros de procurados. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 197 (Polícia Civil). De acordo com Carriel, de janeiro deste ano até outubro, a Polícia Civil prendeu, por meio de flagrantes e mandados de prisão oriundos das investigações, 1.133 pessoas. Os dados se referem à área abrangida pela Seccional (Sorocaba e mais 17 municípios), mas segundo o seccional, 70% das prisões aconteceram em Sorocaba. 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Por que os vendedores ambulantes são chamados de camelôs?

Tudo indica que esse estranho apelido nasceu nas ruas da França. No século 12, a palavra camelot - provavelmente, uma modificação do árabe khmalat, que significava "tecido rústico e felpudo" - entrou para o vocabulário francês para designar um tipo de tecido feito com pêlo de camelo. Importado de países do norte da África e do Oriente Médio, o produto era muito apreciado por sua textura macia, pelo brilho e por ser um bom isolante térmico. "No comércio de Paris, esse tecido popular era anunciado aos berros pelos vendedores, que foram batizados com o nome da mercadoria que vendiam. O problema é que, muitas vezes, o pêlo de camelo não passava de uma imitação barata de pêlo de cabra. Assim nasceu o sentido que associa o camelô a um vendedor de produtos falsificados", afirma o etimologista Deonisio da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Mais tarde, variações na língua francesa assimilaram o sentido pejorativo com o verbo cameloter.
Registrado pela primeira vez no século 17, o termo significa "vender quinquilharias ou proceder sem polidez". Dois séculos depois, a palavra camelote foi usada com o sentido de "mercadoria grosseira, de acabamento insuficiente". Da França, o vocábulo cruzou o oceano Atlântico e aportou no Brasil, no início do século 20, onde manteve o sentido depreciativo.

sábado, 30 de novembro de 2013

Vendedores de alimentos têm 10 dias para deixar de atuar em praça em MT

A prefeitura de Cuiabá iniciou no domingo (24) a notificação dos vendedores de alimentos que atuam na praça Santos Dumont, na Avenida Getúlio Vargas, que deverão deixar o local no prazo de dez dias. A ação atende a pedido do Ministério Público do estado (MPE), que afirma que a permanência desses comerciantes é ilegal porque o espaço deve ser destinado, por lei, somente à feira de artesanato. Os expositores afirmam que a retirada é injusta.
No local funciona a 'Arte na Praça', feira com cerca de 70 estandes, entre artesanato e alimentação. A denúncia que culminou na recomendação assinada pelo promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos foi feita pelo Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares. De acordo com a prefeitura, a notificação precisou ser feita para atender o MPE e à lei que cria a feira.
A medida, no entanto, causou insatisfação entre os expositores. “Nós somos produtores culturais. E membros da Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Artesanato). Os fiscais não poderiam ter notificado a gente dessa forma, na frente dos clientes. Foi constrangedor e humilhante. Eles deveriam ter ido notificar a associação”, criticou Patricia Pontes, coordenadora-geral da feira.
Segundo ela, os fiscais do Meio Ambiente notificaram todos que estavam expondo os produtos no local, e não somente os que estavam vendendo alimentos. “Agora estão dizendo que foi direcionado, mas na hora não foi. E a prefeitura tem que entender que gastronomia regional faz parte da cultura também. Não há razão para deixarem a praça”, disse. Na praça, são vendidos pasteis, doces, bolos, crepes e comida oriental, entre outros.
A coordenadora disse que se reuniu nesta segunda-feira (25) com a Secretaria de Cultura da capital e que amanhã deve se encontrar com membros da pasta do Meio Ambiente. “Nós conquistamos esse espaço ao longo de 20 anos. Temos dois títulos de utilidade pública. O que está acontecendo é um movimento para tirar a gente daqui sem motivo algum”, afirmou.
Calçadas
Comerciantes e vendedores ambulantes que ocupam irregularmente as calçadas com mesas e cadeiras também estão sendo notificados pela prefeitura para recuar a distribuição desses móveis ou deixar o local, quando necessário. O prazo para a regularização é de 10 dias.
Os trabalhos começaram na semana passada nas avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas e têm o objetivo de garantir o cumprimento de lei que determina que calçadas devem ficar livres para a passagem de pedestres. As duas vias serão usadas como rotas protocolares durante da Copa do Mundo de 2014.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Vendedores ambulantes e o desafio do prefeito no Centro de Fortaleza

O prefeito Roberto Cláudio (Pros) reconheceu ontem, ao participar do programa Debates Especiais Grandes Nomes, na rádio O POVO/CBN, que o trabalho de fiscalização da Prefeitura é incapaz de resolver a questão das ocupações irregulares de espaços públicos por vendedores ambulantes no Centro de Fortaleza. Ele admite que os ambulantes concentrados em ruas como Liberato Barroso e José Avelino estão “cometendo um erro”, mas ponderou que não vai “prender nem bater em ninguém”.

Roberto Cláudio destacou que a política de combate ao problema continuará através de ações diárias de retirada de vendedores de áreas ilegalmente ocupadas. “Todos os dias fazemos isso, inclusive no entorno do Paço, mas há um retorno, lamentavelmente”, disse o prefeito, reforçando que sua administração não fará opção pela truculência para dar uma solução que pareça definitiva.

A saída pensada pela Prefeitura para o quadro é realizar uma Parceria Público-Privada (PPP) com várias empresas para remodelar o Centro da Cidade. A ideia é trabalhar em três frentes: nova ocupação econômica (atração de novas empresas), nova ocupação imobiliária (promovendo a reorganização dos espaços) e revitalização do patrimônio público (como padronização de praças, estacionamentos, calçadas aterramento de fiação elétrica). O modelo de PPP a ser aplicado está sendo elaborado.

Transtornos necessários
O prefeito rebateu a ideia de que esteja faltando planejamento para reduzir os efeitos das obras de mobilidade sobre o cotidiano da cidade. “Pelo contrário”, diz, “o problema no passado é que se optava pelo caminho fácil de não fazer as obras, mesmo quando necessárias, para fugir de críticas muitas vezes inevitáveis. Nós, ao contrário, decidimos enfrentar o problema”. Roberto Cláudio lembrou que ele próprio, como morador do Cocó, tem sofrido com as várias intervenções simultâneas realizadas na região, reforçando o caráter temporário delas.

O prefeito promete mudanças importantes no campo da mobilidade, a partir de uma série de ações programadas para 2014. “Uma parte delas não vinculadas a obras, relacionando-se a iniciativas de fácil implementação, como mudança no sentido de algumas vias, deslocamento de sinais de trânsito, regulamentação de estacionamento”, anunciou, adiantando que vai procurar investir em ideias novas para Fortaleza. “Há conversas com um arquiteto russo, que fez mudanças muito elogiadas em Moscou, recebi uma equipe de Barcelona, enfim, queremos saber mais de processos aplicados com êxito em outras cidades”, anunciou Roberto Cláudio.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Alagoinhas terá 2ª edição do Praça Ativa em outubro

As secretarias de Cultura Esporte e Lazer (SECEL) e a de Comunicação (SECOM) foram informadas pela Conecte Inovação – Consultoria a Projetos de que a cidade de Alagoinhas, mais uma vez, está na programação do projeto Praça Ativa que promove shows musicais, esquetes teatrais educativos, oficinas de arte e reciclagem com foco em educação ambiental; atendimentos e orientações voltados para a saúde e a qualidade de vida; oficinas de leitura, brinquedos infláveis e personagens interativos. O evento está marcado para o dia 06 de outubro, das 10 às 17 horas, mas ainda sem a praça definida.

De acordo com o comunicado, o local será escolhido em um encontro entre representantes da consultoria, da empresa Latapack-Ball - uma das patrocinadoras do evento e que indicou a cidade de Alagoinhas -, do prefeito Paulo Cezar e secretários. No ano passado, o Praça Ativa foi realizado na Praça Ruy Barbosa, com muito sucesso.

Essa será a sétima edição do evento que dá destaque à cultura, esporte, saúde e meio ambiente. A Prefeitura participa cedendo o espaço e infraestrutura para que a cidade possa mostrar durante um dia sua cultura, arte e cidadania.
Na semana que antecede ao Praça Ativa, será realizado o Escola Ativa, projeto que transformará uma escola do município em modelo de ensino socioambiental. Serão treinados 50 educadores, em um workshop, que repassarão o aprendizado para os alunos da unidade escolhida, como também para outras da rede municipal. Serão distribuídos, entre as unidades de ensino, dois mil livros.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

SESEP inicia obras do “Camelódromo” no centro da cidade

Alagoinhas- Bahia:

Uma área toda coberta, com 120 espaços, dotada de infraestrutura e uma praça de alimentação. É esse o projeto do “Camelódromo” que a Prefeitura de Alagoinhas, através da Secretaria de Serviços Públicos (SESEP), está construindo no centro da cidade, na Praça Graciliano de Freitas (entre o Bradesco e a Igreja Universal). O novo espaço faz parte do programa de reordenamento urbano da cidade. Além do camelódromo, há estudos para a reposição de alguns pontos de ônibus e recuperação de passeios.

As obras que começaram na semana passada já estão com as bases de sustentação da cobertura fincadas. Após a montagem serão realizadas a pavimentação, iluminação e urbanismo. Os trabalhadores informais também contarão com banheiros, segurança e setorização dos espaços. “É válido ressaltar que esse novo espaço servirá de abrigo para os trabalhadores informais, mas que não serão montadas barracas fixas. Os ambulantes que forem utilizar o espaço terão que montar e desmontar as barracas diariamente”, disse o secretário da SESEP Harnoldo Azi.

O local foi escolhido por estar localizado no Centro, garantindo, assim, o fácil acesso dos consumidores às mercadorias. Ainda segundo o secretário “O Ministério Público solicitou uma intervenção imediata devido à utilização das calçadas pelo mercado informal. Essa é a melhor maneira de garantir o sustento digno desses comerciantes e, ao mesmo tempo, ordenar os espaços públicos”.
As barracas existentes no local serão reorganizadas em um espaço atrás da área coberta. Elas passarão a fazer parte da nova “Praça de Alimentação”.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Prefeitura de Cabo Frio, RJ, renova registro para vendedores ambulantes Prazo termina no dia 31 de maio deste ano (2013). Quem não renovar o cadastro será impedido de trabalhar nas praias.


Já começou o período de recadastramento dos ambulantes de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. De acordo com a prefeitura, todos os vendedores são obrigados a renovar o cadastro. Quem não cumprir a norma até o dia 31 de maio deste ano (2013), terá a licença revogada.
Para refazer o cadastro que autoriza a comercialização de produtos nas praias, os vendedores deverão comparecer pessoalmente na sede da Secretaria de Serviços Públicos e Fiscalização de Posturas, localizado na Rua Gustavo Beranger, n° 267, no bairro Vila Nova.
É necessário apresentar alguns documentos, como original e cópia do RG, CPF, Título de eleitor, comprovante de residência, dentre outros. A prioridade, segundo a secretaria de Serviços Públicos e Fiscalização de Posturas, são os ambulantes que moram na cidade e por isso está sendo feito um levantamento sobre os dados dos vendedores residentes em Cabo Frio.
Ainda de acordo com a prefeitura, será feito um trabalho de padronização dos uniformes e barracas que deverão ser utilizados de forma obrigatória por todos os ambulantes.

domingo, 7 de abril de 2013

Ambulantes de Patos vão para local adequado



Ambulantes de Patos vão para local adequado
 Os vendedores ambulantes e comerciantes que ocupam o espaço públicodas ruas João da Mata, Pedro Firmino, Leôncio Wanderley e Epitácio Pessoa, estão sendo transferidos para outro local, situado próximo ao Guedes Shopping em Patos. A transferência está sendo feita pelo governo municipal a pedido do Ministério Público, que determinou a desocupação desses espaços.



De acordo com a promotora do Meio Ambiente e Patrimônio Social, Fábia Cristina Dantas Pereira, tal procedimento já devia ter sido executado desde o dia 2 de março, prazo estabelecido pelo Ministério Público.



“Essa transferência já foi debatida por várias vezes em audiências com representantes do município e dos vendedores ambulantes. Além disso, trata-se de procedimentos arquivados desde o ano de 2007, quando assumi a promotoria aqui em Patos. Hoje o município está cumprindo o que há muito tempo deveria ter sido feito. Estamos tratando de uma ilegalidade que está sendo revertida, e que assim as pessoas possam caminhar livremente nas ruas e calçadas”, afirma a promotora Fábia Cristina.



Márcio Medeiros, procurador do Município, está acompanhando a transferência dos vendedores e disse que otrabalho acontece de forma pacífica.



“Estamos cumprindo o que foi determinado, mas sem prejudicar ninguém, fazendo com que todos entendam a importância dessa reorganização do espaço público. Além disso, caso o município não cumpra o determinado, poderá ser multado e isso recai de forma direta sobre o contribuinte”, observa Márcio Medeiros.



Segundo o secretário de Desenvolvimento Economico e Habitação, Everaldo Lima, o município está dando todo o apoio necessário para a realocação dos ambulantes. “Estamos conscientizando todos sobre a importância dessa realocação e também dando as condições para que eles possam ocupar o novo local”, conta o secretário.



A Polícia Militar também está durante toda está sexta-feira, dia 05, dando apoio ao trabalho de desocupação das ruas supracitadas.

Ambulantes são retirados do entorno de mercado no Recife

Chega ao bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, o projeto de reordenamento dos entornos dos mercados públicos do Recife. Mais de 40 ambulantes vão ser transferidos da Rua Padre Lemos e levados para o pátio da feira. A maioria deles já reclama dos prejuízos, alegando que, na feira, o fluxo de pessoas é menor. A ação tem o objetivo de facilitar o trânsito de pedestres e veículos na região. Os mercados de Beberibe e Água Fria, na Zona Norte, e Afogados, na Zona Oeste, recentemente foram alvo de processo semelhante. 

A Prefeitura informou que várias intervenções serão executadas no entorno do mercado e no pátio da feira de Casa Amarela ao longo desse ano para melhorar o trabalho dos ambulantes.

terça-feira, 26 de março de 2013

Representantes da Prefeitura e sociedade discutem a Central de Abastecimento


SEMAS realiza Ação de Combate ao Trabalho Infantil na Central de Abastecimento


quinta-feira, 21 de março de 2013

Vendedores ambulantes irregulares voltam a ocupar ruas do centro de SP


Os camelôs voltaram a tomar conta da região central de São Paulo. Com discrição ou de forma escancarada, os ambulantes irregulares convivem sem problemas com dezenas de homens da Polícia Militar, que trabalham na chamada Operação Delegada - em que PMs prestam serviço à Prefeitura em horário de folga.
Na principal rua de comércio popular da capital, a 25 de Março, a reportagem contou pelo menos 60 camelôs vendendo óculos, pen drives, água, bolsas, relógios, máquinas de cortar cabelo, aparelhos de massagem, entre outros produtos.
As mercadorias ficam em sacolas pretas e são oferecidas aos pedestres, apesar da presença de mais de 30 policiais militares na via. Quando as duplas de PMs passam, os vendedores apenas colocam os produtos dentro das sacolas e esperam que eles andem alguns metros. Depois, começam de novo a anunciar os produtos em voz alta.
No ano passado, poucos vendedores ambulantes se limitavam a atuar, mesmo assim escondidos nas travessas da 25 de Março, onde a presença dos policiais é menor. Na região da Praça da República, a venda dos produtos é ainda mais escancarada. A Avenida Ipiranga tem várias bancas de camelôs que expõem DVDs e CDs piratas. Ali, a reportagem não encontrou nem os PMs da Operação Delegada.
Economia. Nesta semana, o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou que vai tirar um terço da Operação Delegada do combate aos camelôs - ao todo, 1,3 mil PMs vão passar a atuar à noite, focados no combate ao barulho e aos bailes funks. Uma das justificativas usadas pelo prefeito, durante o anúncio, foi a melhora da situação econômica.
"Você não está vivendo mais uma situação em que as pessoas não têm emprego e vão para rua comercializar produtos para sobreviver", disse. "Eu acho que estamos com R$ 300 milhões investidos num único objetivo que era o combate ao comércio de rua ilegal. Eu acho que essa etapa foi vencida; você não tem a situação de dez anos atrás", afirmou.
Ambulante regularizado há mais de 30 anos, Edivaldo Ribeiro de Jesus, de 65 anos, afirma que o aumento de vendedores ilegais nas ruas é prejudicial até para os regularizados. "Isso é ruim, porque vira bagunça. Depois, estoura uma bomba e recai em cima de quem tem documento", afirmou ele, que é deficiente visual. No entanto, ele não tem saudade da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que tentou tirar das ruas até mesmo os ambulantes regularizados.
Policiais militares entrevistados pela reportagem afirmaram estar desmotivados, após dois atrasos seguidos no pagamento da operação. A Prefeitura não respondeu aos questionamentos sobre o esquema de fiscalização do comércio de rua, limitando-se a informar que pagou os salários do bico oficial dos PMs.

Vendedores ambulantes da Praia de Ipanema nas telas.



De sol a sol. “Bom dia, Ipanema” reúne depoimentos de 15 profissionais da praia, como Marcelo, do mate de galão
Foto: Divulgação
De sol a sol. “Bom dia, Ipanema” reúne depoimentos de 15 profissionais da praia, como Marcelo, do mate de galãoDIVULGAÇÃO
RIO — Os vendedores ambulantes labutam de sol a sol na praia de Ipanema desde que Leila Diniz causou furor ao aparecer grávida de biquíni em pleno Posto 9, nos anos 1960, mas o mérito de ter registrado a peregrinação escaldante dos profissionais da faixa de areia — e suas sofisticadas estratégias de venda — é de um paulistano. Mais precisamente de Joaquim de Castro. Sócio da produtora Na Laje Filmes, o diretor documentou, no ainda inédito curta-metragem “Bom dia, Ipanema”, a história e a rotina de 15 trabalhadores que ganham o pão onde a maioria dos cariocas se alimenta de Biscoito Globo.
— O que me chamou a atenção, fora a extroversão dos vendedores, foram duas características interessantes: o marketing próprio, a forma que eles encontraram de se destacar naquela praia tão concorrida; e o caráter empreendedor — explica Joaquim, 31 anos de praia no currículo. — Acho muito fácil sair de casa e pensar: vou vender açaí, mate, mas eles são verdadeiros guerreiros que vivem debaixo do sol vendendo alegria. Queria ver, se os personagens da Disney estivessem sob aquele sol, se estariam acenando o bracinho.
Frequentador assíduo do Posto 9 e arredores de 2006 a 2012 — período em que cursou a Escola de Cinema Darcy Ribeiro concomitantemente com a faculdade de psicologia na PUC-Rio —, Joaquim se viu desestimulado com a breve carreira de ator que pensou seguir quando veio morar no Rio. Foi refletindo num fim de tarde em Ipanema, mate de galão em punho, que o diretor decidiu produzir o filme e as entrevistas.
Não foi fácil. Por incrível que pareça, o curta de 15 minutos precisou de um ano para ser feito. Acostumado com a velocidade frenética da Av. Paulista, Joaquim precisou se curvar ao raciocínio lógico carioca: vendedor ambulante só sai de casa para trabalhar quando dá praia. E só dá praia quando faz sol.
— O filme foi rodado em doses homeopáticas, não adiantava forçar a barra. Esse foi o maior desafio. Mas todos eles foram muito disponíveis — sublinha.
Por “todos eles” entendem-se 15 profissionais dos mais sortidos quitutes praianos. Desde o rapaz do intergaláctico “Hare Burguer”, Rafael (“que não tem nada de alucinado ou maluquete, é um garoto super esperto”, garante Joaquim) até o modesto Mário, criador da “melhor mousse do Rio de Janeiro”, segundo o próprio slogan, passando pelo Marcelo, do onipresente mate de galão.
Com lançamento previsto para meados de abril, “Bom dia, Ipanema” — que ainda está sendo finalizado — vai percorrer o circuito de festivais brasileiros e internacionais, como garante o diretor. É por isso que, por enquanto, YouTube nem pensar.
— Alguns festivais exigem que o filme não vá para a internet antes de concorrer.
O documentário é o segundo filme de Joaquim. O paulistano estreou na direção em “Cuidado ao atravessar a rua” (2009), curta de ficção cuja história gira em torno de um jovem que descobre que seu pai biológico — que ele nunca conheceu — vai tocar como DJ em uma festa na praia (ela de novo).
De volta a São Paulo por conta da produtora e da pós-graduação em psicologia na USP com ênfase em sexualidade — tema em que Joaquim se diz muito interessado —, ele ainda não sabe quando retoma seu lugar ao sol em Ipanema.
— Mas é claro que quero voltar. Louco é quem diz que não gostaria de morar no Rio.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/vendedores-ambulantes-da-praia-de-ipanema-nas-telas-7845958#ixzz2OBHzcenn
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sexta-feira, 15 de março de 2013

Número de ambulantes atuando sem licença chega a 40 mil em Salvador Decisão atual da prefeitura organiza 966 trabalhadores na Avenida Sete. Presença desordenada de comércio também é marca nas passarelas.


Quem nunca teve que se arriscar a andar pelo meio da rua para se esquivar de banquinhas, carrinhos ou produtos espalhados no chão? Ou ainda quem nunca precisou atravessar algumas passarelas de Salvador desviando das dezenas de bancas e as centenas de produtos à venda? Cada vez mais presente na rotina da cidade, o comércio informal é representado na figura dos ambulantes que estão espalhados por quase toda a capital baiana.
Em uma estimativa apresentada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), existem em Salvador, aproximadamente, 11.500 trabalhadores cadastrados e cerca de 40 mil trabalhando sem licença da prefeitura. De acordo com a secretaria, nas datas comemorativas - como o Natal, esse número varia com a vinda de comerciantes de outras cidades do estado. A maior concentração dos trabalhadores ambulantes em Salvador está na Avenida Sete de Setembro, Liberdade, Calçada, Cajazeiras e nas passarelas da cidade, informa a prefeitura.
Na quinta-feira (14), a Fundação Mário Leal, ligada à Secretaria Municipal de Urbanismo e Transportes (Semut), apresentou um projeto para iniciar o ordenamento do comércio informal na Avenida Sete. Conforme o documento, os ambulantes serão instalados em doze ruas transversais ao longo da avenida - uma das mais importantes e movimentadas da capital baiana. O comércio deve ser distribuído em corredores temáticos, setorizados a partir do tipo de produto vendido. A intenção é dar mais conforto para a circulação das pessoas pela Avenida Sete. O projeto não contempla os ambulantes em passarelas.
Instalações de ambulantes na Rua do Cabeça, na Avenida Sete, em Salvador (Foto: Gabriel Oliveira)Instalações atuais na Rua do Cabeça, na Av. Sete
(Foto: Gabriel Gonçalves/G1)
As áreas para onde serão destinados os trabalhadores estão localizadas nas ruas Salvador Pires, Pedro Autran, Onze de Junho, Nova de São Bento, Do Cabeça e 21 de Abril; nos becos do Mocambinho, das Quebranças e da Maria Paz; além do Largo do Rosário e do Portão da Piedade.
A secretária Rosemma Maluf, gestora da Semop, informou por meio de nota que o objetivo do projeto é devolver a avenida à população, além de resgatar o aspecto turístico do local. Quanto ao início das obras, a secretaria informou que deve fazer um orçamento final e as obras devem ser feitas em parceria com outros órgãos. Ao total, 966 ambulantes devem ser contemplados.
Para Asmário Barreto, presidente da Associação dos Trabalhadores Informais de Salvador, a aprovação do projeto não contemplou os interesses dos ambulantes "Não concordamos com o que foi aprovado. As áreas que solicitamos não foram liberadas como a Rua da Forca. Vamos perder ruas que dão visibilidade para as vendas", afirmou Barreto.
Já para Marcos de Almeida, presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes da Região Metropolitana de Salvador, a decisão tomada no encontro foi positiva "Se tudo que foi mostrado na reunião, for cumprido, estaremos satisfeitos. Entendemos que não dá para instalar ambulantes na Ladeira de São Bento e na Rua Pedro Autran, por conta do fluxo de veículos. Gostamos do que foi apresentado", disse Almeida.
ambulantes (Foto: Gabriel Gonçalves/G1)Intenção é tirar ambulantes das calçadas e ordenar nas ruas tranversais (Foto: Gabriel Gonçalves/G1)
Atuação do Ministério Público
Em janeiro de 2013, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomedou à Prefeitura de Salvador a adoção de providências para ordenar o comércio ambulante na capital baiana. A recomendação foi expedida pela promotora de Justiça Márcia Virgens, coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do MP-BA.
Em entrevista, a promotora explicou que a prefeitura se posicionou sobre a recomendação dada no começo do ano. "O município nos respondeu no prazo. Em um ofício de 20 de fevereiro, nos informaram que instituíram um grupo para fazer um plano de requalificação urbana e do comércio informal, onde prometem que respeitará as normas constitucionais. O que salientamos é que não pode o orgão municipal tomar função de polícia e render, apreender produtos. Os ambulantes têm representatividade, têm associação, têm que ser ouvidos. Estamos acompanhando e oficiando", explicou a promotora.
Ainda segundo a promotora Márcia Virgens, o MP-BA vai continuar acompanhando  o caso. "A partir do término do prazo para o ofício, daremos outro prazo para que a minuta chegue com os detalhes do projeto para os ambulantes", informou a coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do órgão.

SESEP realiza cadastro de ambulantes para o Alafolia 2013

A Secretaria de Serviços Públicos (SESEP), através da Coordenação de Postura, convoca os ambulantes que vão trabalhar na Micareta de Alagoinhas, o Alafolia 2013, para realizar o cadastro junto a Prefeitura a partir da próxima segunda-feira, 18. Os interessados deverão comparecer a Rua Sóror Joana Angélica, das 7h às 17h. É necessário levar RG, CPF e comprovante de residência, só será permitido um cadastro por pessoa.

As tarifas variam de acordo com a atividade exercida. No dia 18 deverão comparecer os ambulantes que vão montar barracas de drinques. Nos dias, 19 e 20, terça e quarta-feira aqueles que vão vender churrasco, acarajé e lanches; 21 e 22 artesanato, coquetel e jogos. E, por fim, nos dias 25 e 26, as caixas de isopor.
Este ano será proibido a comercialização de churrasco e queijo coalho no tradicional espetinho (palito feito de madeira). Fica restrita também a utilização de caixas térmicas ou isopor sobre carrinhos de mão.
SESEP realiza cadastro de ambulantes para o Alafolia 2013

 A Secretaria de Serviços Públicos (SESEP), através da Coordenação de Postura, convoca os ambulantes que vão trabalhar na Micareta de Alagoinhas, o Alafolia 2013, para realizar o cadastro junto a Prefeitura a partir da próxima segunda-feira, 18. Os interessados deverão comparecer a Rua Sóror Joana Angélica, das 7h às 17h. É necessário levar RG, CPF e comprovante de residência, só será permitido um cadastro por pessoa.

As tarifas variam de acordo com a atividade exercida. No dia 18 deverão comparecer os ambulantes que vão montar barracas de drinques. Nos dias, 19 e 20, terça e quarta-feira aqueles que vão vender churrasco, acarajé e lanches; 21 e 22 artesanato, coquetel e jogos. E, por fim, nos dias 25 e 26, as caixas de isopor. 
Este ano será proibido a comercialização de churrasco e queijo coalho no tradicional espetinho (palito feito de madeira). Fica restrita também a utilização de caixas térmicas ou isopor sobre carrinhos de mão.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Vendedores autônomos conquistam clientes ao longo dos anos A maioria já trabalha há vários anos e conseguem ter uma renda estabilizada para manter seus compromissos durante o mês.


Vendedores autônomos conquistam clientes ao longo dos anos
Crédito: Heloisa França/ Portal Folha do Estado

Uma das coisas mais comuns em Feira é encontrar vendedores ambulantes, com seus diversos serviços e produtos oferecidos a população,principalmente nas proximidades dos colégios,hospitais e demais órgãos públicos.

Esses vendedoresque estão distribuídos em vários pontos da cidade são conhecidos pela população pelo seu serviço e atendimento ao longo dos anosAlém dissopor meio deste trabalho,esses autonômos mantêm a renda familiar.


De acordo com Jonas Conceição, vendedor autônomo há 27 anos, tem uma barraquinha próxima ao CUCA (Centro de Cultura e Artes) e tem vários produtos a ser oferecido desde os lanches como recargas de celulares até mesmo a bebidas. “Já trabalho há vários anos, tenho clientes que me acompanham desde quando eu comecei aqui. No fim do mês dá pra tirar uma renda acessível aos meus compromissos. Não pretendo me aposentar tão cedo”, disse.


Outro caso é o da comerciante Francisca Pereira, que trabalha há oito anos em um ponto próximo ao shopping. “Meus lanches são de qualidade e além do preço ser acessível  já sou conhecida as pessoas não tem medo de comprar na minha mão, principalmente os funcionários do shopping”, garantiu. 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Prefeitura quer camelôs em 11 pontos fixos no Centro da cidade


Atenção pessoal de Salvador,
Vamos ficar atento as novas regras para comercialização autônoma!

Uns para cá, outros para lá. Mais alguns para lá. Só não podem ficar onde estão. Quando começar o reordenamento proposto pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) para os vendedores ambulantes no Centro da cidade, a meta é deixar as calçadas das principais vias livres para quem estiver só de passagem. 

A Semop e a Fundação Mário Leal Ferreira identificaram 11 pontos para abrigar cerca de mil camelôs. O CORREIO percorreu os locais para ter uma noção de como a área está atualmente e como pode ficar, se o projeto for aprovado. 

A proposta, apresentada aos ambulantes essa semana, inclui inicialmente as ruas Salvador Pires, Pedro Autran, 11 de Junho, Nova de São Bento, 21 de Abril, Portão da Piedade e do Cabeça. A lista prevê ainda o Largo do Rosário e os becos das Quebranças, do Mocambinho e da Maria Paz. 



Entretanto, os vendedores do comércio informal sugerem, ainda, que mais quatro áreas sejam incluídas nos estudos da prefeitura: ruas Coqueiros da Piedade, Junqueira Ayres, Carneiro Ribeiro e 24 de Fevereiro. 

Segundo a titular da Semop, Rosemma Maluf, nada é definitivo ainda. “Nosso objetivo é ordenar, mas ainda estamos dialogando com as lideranças para chegar a uma decisão”.

Camelôs 
Para quem vai para a Praça da Piedade pela Avenida Sete, o primeiro ponto listado pela prefeitura é a Travessa Salvador Pires. Fechada para os carros da Avenida Sete e servindo de estacionamento para veículos que chegam pela Carlos Gomes, a travessa tinha apenas três ambulantes com barracas armadas ontem.

Um deles era o vendedor de brinquedos Saturnino de Jesus, 64 anos. Há cinco anos na travessa, ele diz que desde que chegou, o lugar serve para os veículos e não para os vendedores informais. 

Saturnino acha que não pode competir com os colegas que montam suas bancas nas calçadas da Avenida Sete. “O comércio é bastante fraco, porque não tem movimento”. No entanto, ele tem esperanças de que a situação mude. “Se todo mundo estiver no beco como a gente, o comércio vai ser outro”, completou. 

Não muito longe dali, está o Beco das Quebranças, que tem uncionado como retorno da Avenida Sete para a Carlos Gomes. Na entrada do local, uma placa identifica o beco como “Ambulantes – Área 14”. Se atualmente apenas o vendedor de relógios Edilson Oliveira, 50, pode ser encontrado por lá, no máximo na companhia de um colega, depois do ordenamento, as coisas podem mudar. 

Uma vez que podem chegar novos trabalhadores, Edilson espera que o movimento em seu ponto cresça . “Mas quero só ver se eles vão aceitar ficar aqui, porque muita gente acha que é um lugar morto”. 


Previsão é que ambulantes tenham que sair da escadaria da Lapa

Já no Largo do Rosário pode receber mais de 180 ambulantes, de acordo com o vendedor de bijuterias Valmir Fonseca, 48, que faz parte da Associação de Ambulantes da Região Metropolitana de Salvador (Asfaerp) e participou das reuniões com a Semop. 

“Não sei se vai comportar tanta gente, porque também precisamos de circulação. Quando viemos para cá, tinha 48 aqui (na Avenida Sete) 94 atrás (na Rua Direita da Piedade)”, contou. Atualmente, 15 ambulantes trabalham no Largo, segundo Valmir. 

Segundo ele, os ambulantes só conseguem algum lucro se estiverem junto à Avenida Sete, onde são mais vistos. Ficar de frente para a Rua Direita da Piedade dá prejuízo.

“Com essas mudanças, pode acabar tendo evasão. Mas se for feito como foi apresentado para a gente, com piso, iluminação, pode ficar bonito e com atrativos para os clientes. Daí pode funcionar”, acredita Valmir.  

Na Rua Portão da Piedade, o que preocupa o ambulante Antônio Marinho, 63, é a superlotação. “Aqui não temos problema com o movimento. Na época de festas, chega até a ter fila”, disse. 

Entretanto, ele defende que a chegada dos novos colegas seja feita de maneira organizada. “Ou pode acabar até prejudicando o atendimento”, observa.

Incerteza 
Por outro lado, muita gente que não tem seu ponto nas ruas, que podem vir a ser as áreas definitivas para os ambulantes, anda apreensiva com a futura localização. É o caso do vendedor Antonio Joaquim, 21. 

“A depender do local, tem que compensar muito. Aqui é bastante movimentado e a gente depende disso aqui. É esperar pra ver o que acontece”, disse o rapaz, que trabalha nas escadarias da Estação da Lapa.

No meio da Rua Coqueiros da Piedade, o vendedor Mário, 46, carrega seus Pega Tudo (uma espécie de ratoeira, em forma de adesivo), debaixo de um guarda-sol, e aborda os potenciais fregueses. “Não faço bagunça, não incomodo ninguém. Na minha idade, é difícil conseguir emprego. Só quero manter a minha família”, explicou. 

Em horários de pico, a Coqueiros da Piedade fica intransitável. “Os pedestres se apertam entre as barracas. Todo mundo tem o direito de trabalhar, mas não pode fazer isso de qualquer jeito, botando as mercadorias no meio da rua”, definiu a ambulante Elisabete Alves, 55.

Não muito longe dali, na Rua Barão do Rio Branco – caminho para o Relógio de São Pedro – as bancas também tomam o espaço do pedestre. E no próprio entorno do Relógio, a confusão é generalizada. Ao lado do módulo policial, a vendedora de mingau Ana Cristina dos Santos, 45, concordou que o negócio, por lá, anda embolado.

“Tô de acordo para reorganizar. Todo mundo chega e se instala de qualquer jeito. Tem que botar ordem, mas desde que dê condição pra gente sobreviver. Só não podemos ir para lugar sem movimento”, argumentou Ana.

Confuso 
Entre os dribles para conseguir andar no Centro de Salvador, a ocupação desordenada dos ambulantes gera opininões diferentes também  entre quem passa pela região, apesar de todos os transeuntes ouvidos pelo CORREIO defenderem que os camelôs precisam de um local para trabalhar. 

“A mim, não incomoda. Todo mundo aí, certamente é pai e mãe de família e precisa do seu ganha-pão”, disse o enfermeiro Lucas Rocha, 26. Já Francisco Mangueira, 75, defende que o espaço do pedestre precisa ser privilegiado. “Todo mundo precisa trabalhar, mas andar por aqui nessa área é bastante complicado”, comentou.


Área próxima ao Relógio de São Pedro já não comporta tantos ambulantes e mal há espaço para caminhar

Ambulantes pretendem desenvolver projeto próprio
Priscila Chammas

Para definir os 11 pontos em que os camelôs vão trabalhar no Centro da capital baiana, primeiro a prefeitura precisa chegar a um acordo com a categoria. É que, durante a reunião realizada quarta-feira com as associações de ambulantes, algumas entidades não concordaram com o projeto, por acreditarem que parte das ruas escolhidas não tenha movimento suficiente para garantir as vendas. “São áreas que lá atrás não deram certo, então não tem por que dar agora”, justificou o presidente do Sindicato dos Feirantes e Ambulantes de Salvador, Marcílio Costa Santos. 

Segundo ele, as associações e sindicatos voltarão a se reunir no dia 6 de março para elaborar um novo projeto e, em seguida, irão apresentá-lo à prefeitura. “Estamos estudando algumas áreas entre o Campo Grande e a Avenida Sete que possam abrigar esses ambulantes. Ali depois da Piedade e no São Bento são duas opções que estamos estudando, porque tem muitas ‘paredes cegas’”, disse, se referindo às áreas em que não existem lojas. 

Outra alternativa encontrada pelos sindicatos é a de revitalizar as áreas abandonadas. “Sugerimos que se coloque atrativos nessas ruas, uma baiana de acarajé, sinaleiras...”, completa. Procurada, a secretária da Ordem Pública, Rosemma Maluf, preferiu não entrar em detalhes sobre o assunto. “A negociação é um processo demorado. Estamos dialogando”, disse, sem cravar uma data para a decisão. Uma coisa que já está definida, porém, é a capacitação dos ambulantes pelo Sebrae.

“Vamos trabalhar na capacitação e formalização desses ambulantes. Explicar o que é ser empreendedor individual, ensinar a prestar um bom atendimento, lidar com o dinheiro, comprar e vender melhor...”, descreve a analista do Sebrae Indimara Dantas. Segundo ela, o curso acontecerá em cinco módulos de três ou quatro horas cada um, além de um outro curso de higiene e manipulação de alimentos, para os ambulantes que trabalhem nesse ramo. “Contribuindo com o INSS, ele passa a ser assistido pelo governo”, completa. 

Cidades têm boa experiência com camelódromos
Priscila Chammas

Reunir todos os camelôs em um lugar só não é novidade. No Brasil, diversas cidades já fazem isso através dos camelódromos, que funcionam como shoppings populares. E tem dado certo. O de Goiânia, inaugurado em dezembro de 1995, é um exemplo disso. O funcionário Roney Carlos conta que o camelódromo fica numa região central da cidade, num bairro comercial, com acesso facilitado pela proximidade com um terminal de ônibus. “Aqui vive lotado, mas o dia de pico é sábado”, conta. O local tem estacionamento e aceita cartão de crédito. 

“Funcionamos de segunda a sábado e alguns domingos perto de datas comemorativas. Os lojistas que estão aqui desde o início têm o direito de locação”, explica Roney. Em Porto Alegre, o sistema é parecido. A diferença é que os clientes podem consultar num site todas as lojas disponíveis no camelódromo. Esse também funciona de segunda a sábado, tudo informado no site. O site do camelódromo de Londrina, no Paraná, também tem informações sobre lojas e horário de funcionamento.