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Banhistas enfrentam problemas que vão das abordagens ao lixo acumulado nas praias
No domingo (27/01) as praias soteropolitanas voltaram a ficar lotadas. Apesar da diversão garantida no “domingão”, os frequentadores ainda se queixam da falta das barracas, banheiros públicos e preços das bebidas e comidas ofertadas pelos ambulantes.
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Além do lixo acumulado nas areias, a falta de conforto é uma das principais queixas dos baianos em relação às praias. Os estacionamentos inadequados, abordagens dos “flanelinhas”, custo das cervejas, considerado abusivos, das cobranças sobre uso das mesas e cadeiras e o mau atendimento são alguns dos fatores que contribuem para a reclamação dos frequentadores da orla de Salvador.
De acordo com a cabeleireira Simone Araújo, 40, os preços cobrados pelos comerciantes e vendedores ambulantes das praias são considerados abusivos. “Antigamente ir à praia era um lazer barato, hoje em dia não é mais. Vem quem pode e quem prepara o dinheiro para gastar. Hoje temos que pagar R$4,50 num latão [de cerveja] e ainda pagar pela mesa, cadeira e sombreiro. Está tudo muito caro”, reclamou.
“Acho que não deveríamos pagar mesa, já que estamos aqui para consumir”, completou Vilma Pestana, 34, amiga de Simone.
Baianos sentem falta das barracas
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Apesar de ausentes há mais de dois anos, as barracas de praia ainda estão presentes na lembrança dos baianos. Há quem garanta que com as instalações as praias eram mais limpas e melhores frequentadas.
“Se tivéssemos barracas, tínhamos banheiros e uma concorrência mais justa, para que os preços fossem mais baratos”, disse a doméstica Ednalva Libânio, 44.
Segundo Sérgio Messias, desde a derrubada das barracas, o movimento nas areias da orla baiana, caiu cerca de 40%. “Antes as pessoas tinham gosto de frequentar a praia. Agora estamos ao ‘Deus dará’. Uma bagunça só”, lembrou.
Apesar dos problemas, o desejo em continuar divertindo-se nas praias ainda é unânime entre os baianos. “O pior de tudo isso é que eu gosto de vir aqui. Sempre que posso, chamo minhas amigas, preparo o bolso e coloco o papo em dia”, disse Ednalva Libânio.
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