Em um ambiente democrático, ambulantes se misturavam ao público do evento que acompanhava atendo os movimentos das surfistas no mar. Se ouvia, os tradicionais gritos, "olha a canga", "protetor solar" e "óculos escuros", entretanto o que chamava mais atenção dos banhistas era uma dupla de vendedores de biscoito de polvilho e mate com limão, segundo eles "geladííísmo".
Aderbal da Costa Silva, 45 anos, e André Serafim Santos, 32 anos, garantem que a bebida, chá mate com limão, é marca registrada das praias cariocas. "Aqui é tradição, praia combina com um mate gelado e o biscoito de polvilho não tem quem resista. Eu não entendo nada de surfe, só acho bonito, mas vender é comigo mesmo, isso é minha praia", diz André, que há 12 anos trabalha na praia da Barra. Ele chega a afirmar que em eventos que movimentam a orla fatura, por dia, pouco mais de R$ 150, um acréscimo nas vendas de 50%.
Aderbal se orgulha de ter criado seus três filhos com o dinheiro que ganha na praia, "moro em Campo Grande, meus filhos adoram praia, fico feliz por estar aqui ganhando meu dinheiro honestamente e criando meus filhos. Mesmo com tempo nublado, trabalho. Tenho clientes fixos, pode passar outro colega vendendo que fazem questão de comprar comigo, tem que agradar, né? O mate vem lacrado, não tem erro. É só abrir e se refrescar", diz o vendedor que não deixa de sinalizar positivamente com a cabeça para o cliente que solicitou um pacote de biscoito enquanto era entrevistado.
Não é nada fácil a vida de um endedor ambulante.
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