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quinta-feira, 31 de maio de 2012

De camelô a assessor Dennys vendia bugigangas em Brasília; hoje trabalha com o ministro Ricardo Lewandowski

BRASÍLIA – “Meu exemplo é o de que a educação é um fator de ascensão social”, diz Dennys Rodrigues, de 32 anos. Na adolescência, ele vendia bugigangas do Paraguai no centro de Brasília. Hoje, formado em Direito, assessora o ministro Ricardo Lewandowski na análise de processos do Supremo, entre eles o do mensalão.



Filho de costureira, Dennys não foi beneficiado pelas cotas da UnB - Beto Barata/AE
Beto Barata/AE
Filho de costureira, Dennys não foi beneficiado pelas cotas da UnB
Filho de uma costureira e um pintor, Dennys nasceu em Parnaíba (PI). Criado em Brasília, cursou escola pública. No vestibular, não conseguiu vaga na UnB, que tem cotas para negros e índios, mas não para egressos da rede pública. Estudou na Universidade Católica de Brasília. “Escolhi Direito por achar que poderia ser útil à sociedade.”
Dennys, cujo primeiro emprego com carteira assinada foi de vendedor em loja de ferragens, trabalhou de office boy e auxiliar administrativo até entrar no STF, por meio de concurso para cargo de nível médio. “Ficava na Secretaria Judiciária. Batia carimbo, carregava processo, juntava petições.”
Após a faculdade, fez concurso para o cargo de assessor de nível superior, cujo salário varia de cerca de R$ 7,5 mil a aproximadamente R$ 13 mil. Cumprindo uma média de 8 horas diárias de trabalho, anda ocupado com a ação do mensalão e com o inquérito sobre o senador Demóstenes Torres.
Pai de Pedro, de 7, Dennys afirma que o garoto não fala em seguir sua carreira. “Ele quer ser mágico. Queria que fosse jogador de futebol. Compro meião, bola, mas não adianta”, brinca.

Camelôs protestam em SP Categoria contesta proibição para trabalhar nas ruas da capital. Segundo PM, havia cerca de 200 pessoas no local; protesto era pacífico.

Cerca de 200 camelôs participavam de um protesto na Praça do Patriarca, no Centro de São Paulo, por volta das 11h50 desta quinta-feira (31). Segundo a Polícia Militar, o grupo se manifestava contra a revogação do decreto que permitia o trabalho dos ambulantes nas ruas da capital paulista e contra o vencimento do Termo de Permissão de Uso (TPU). A movimentação seguia pacífica no horário, segundo a PM.

JustiçaNesta segunda-feira (28), a Defensoria Pública de São Paulo entrou com ação na Justiça para garantir que os comerciantes de rua regularizados da capital possam trabalhar nas vias públicas. O órgão afirma que o argumento da Prefeitura para revogar os TPU dos comerciantes, baseado em princípios como "desobstruir as vias públicas", entre outros, pode causar prejuízo às atividades de geração de trabalho e renda para a população pobre. A Prefeitura não comentou a ação da Defensoria.
Segundo o presidente do Sindicato dos Permissionários, pelo menos 500 ambulantes foram afetados pela extinção dos bolsões e proibição do comércio nas ruas. Metade deles, deficientes físicos. “Não gostaria de entrar na Justiça, mas, se for o caso, não tiver outra saída, vamos ter que bater a porta da Justiça porque é uma situação desesperadora dessas pessoas que vão ficar sem ganhar o sustento de suas famílias”, disse José Gomes da Silva.
Segundo a Prefeitura, já foram regovados 380 TPUs em toda a cidade e os ambulantes vão poder trabalhar em três shoppings populares que serão construídos na capital. Enquanto os locais não ficarem prontos, uma das propostas da Prefeitura é o trabalho nas feiras livres.
Feiras livresNesta quinta, a Prefeitura informou que abrirá 2 mil vagas para ambulantes trabalharem nas feiras livres da cidade. Os interessados – que devem possuir o TPU, revogado a no máximo 12 meses – já podem procurar o Centro de Apoio ao Trabalho (CAT) da Luz, na região central, para se candidatarem a uma das vagas.
Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, cada vaga autoriza o trabalho de um camelô em uma das 863 feiras da cidade, que ocorrem em dias distintos. Podem se candidatar os ambulantes deficientes físicos e com mais de 60 anos. O mesmo ambulante pode pleitear o trabalho em mais de uma feira, em dias diferentes. Por isso, a secretaria espera atender 600 pessoas.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ambulantes voltam a ocupar calçadas do bairro João Paulo - Maranhão


Vendedores ambulantes voltam a ocupar as calçadas da Avenida São Marçal, no João Paulo. No mês passado, uma operação foi realizada pela Blitz Urbana, órgão ligado à Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo (Semurh), retirou todos os camelôs que ocupavam irregularmente o espaço.
Durou apenas dois dias, segundo comerciantesdo João Paulo, o cumprimento da determinação do Município de que ambulantes não deveriam ocupar calçadas da Avenida São Marçal. A operação de retirada dos ambulantes aconteceu no dia 27 de abril, mas o comércio informal já se instalou novamente em toda extensão do calçamento da avenida. "A operação não consegue controlar essa desorganização", disse o empresário Marcelo Silva. Ele acrescentou que já pensa em procurar outro local para a sua loja, por causa da desordem na área.
A ocupação indevida se inicia nas proximidades da Praça Duque de Caxias, onde cerca de 10 camelôs dividem espaço fazendo a venda de CDs, DVDs, bolsas e outros objetos. Porém o ponto mais crítico fica em frente à feira do bairro, também tomado pelos vendedores. Lá, várias bancas se amontoam na calçada e disputam espaço na comercialização de produtos que vão de CDs e DVDs piratas a legumes, verduras e frutas.
A principal via do João Paulo atrai diariamente muitas pessoas por causa da grande quantidade de lojas e variedades de produtos. Com as bancas instaladas nas calçadas, os pedestres precisam utilizar a via para se deslocar e o perigo de acidentes aumenta por causa da grande quantidade de veículos que trafegam na área. "É difícil andar por aqui. Já não temos opção a não ser a pista", reclamou o estudante Maycon dos Santos.
Determinação - A ocupação de calçadas não se restringe somente a vendedores ambulantes. Proprietários de lojas também ocupam o espaço destinado aos pedestres com manequins e produtos em exposição. "Aqui é difícil alguém pôr ordem nessa bagunça", criticou o aposentado Gabriel Araújo.
Ontem, o superintende de fiscalização e postura da Blitz Urbana, José Batista da Hora Júnior, que comandou a operação de retirada dos ambulantes das calçadas da Avenida São Marçal, garantiu a O Estado que a situação na área estava controlada, mas foi informado da volta dos ambulantes ao local e disse que seria encaminhada uma equipe para verificar o problema.

urou apenas dois dias, segundo comerciantes do João Paulo, o cumprimento da determinação do Município


Crato-CE: Vendedores ambulantes da Praça da Sé terão curso de higiene alimentar



Vendedora ambulante da Praça da Sé, em Crato-CE / Foto: Tereza Raquel
A Prefeitura do Crato, em parceria com as secretarias municipais de Infraestrutura, Meio Ambiente, Administração e Planejamento e Saúde, vai realizar um curso de vigilância sanitária e boas práticas de alimentos, para ambulantes e permissionários da Praça da Sé. A justificativa é de que esses profissionais têm uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento econômico da cidade, uma vez que suas vendas representam uma renda alternativa para aqueles que se encontram desempregados.
O curso vai ser necessário para conscientizar os ambulantes da importância de se ter hábitos de higiene, tanto pessoal quanto aos alimentos, além de promover ações de capacitações e treinamentos periódicos de orientações específicas ao manipulador. Com isso, estará mais consciente de seu papel e de sua responsabilidade diante dos que consomem os alimentos por eles preparados.
O curso tem a proposta de fornecer conhecimentos sobre vigilância sanitária, a importância e os conceitos da legislação sanitária vigente e informá-los quanto às normas e exigências para os empreendimentos no setor de alimentação. O curso terá carga horária de 20 horas e será realizado de 28 de maio a 1º de junho, no horário das 8h30 às 11h30, no auditório do Centro Administrativo da RFFSA, rua Sete de Setembro, 150, Bairro São Miguel. Terá ainda a participação de monitores do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE e Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.