Lomadee


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Irrigação garante feiras rurais abastecidas em Santa Cruz


Carlos Eduardo Waechter pretende abandonar a fumicultura e investir apenas nas hortaliças

Durante os meses mais quentes do ano, os investimentos em irrigação salvam a produção de hortaliças dos agricultores ligados à Associação dos Feirantes de Santa Cruz do Sul (Assafe). Segundo a presidente da entidade, Vitória Rosinha Waechter, atualmente 99% das 80 famílias associadas utilizam mecanismos para irrigar as culturas e manter as bancas das feiras rurais abastecidas durante o verão. “É um investimento fundamental para garantir renda e preservar nossa clientela”, comenta.
Quando as temperaturas se elevam, os produtores rurais constantemente utilizam seus recursos para irrigação. Como as chuvas são geralmente esparsas nesta época do ano, é a armazenagem de água que salva a colheita dos hortigranjeiros. “Com os termômetrosmarcando mais de 35 graus, é preciso se prevenir sempre para salvar as lavouras.” A preocupação com o fornecimento é constante na Assafe. Tanto que hoje, um dos pré-requisitos para o ingresso de novos associados é ter investimentos em irrigação.
Outra prática  adotada pelos feirantes em Santa Cruz do Sul durante o verão é a opção por culturas e variedades mais resistentes ao clima, que se adaptam melhor à estação. “Não podemos deixar nossos fregueses na mão”, comenta Vitória. Mesmo com a mobilização do setor em torno da produtividade, a oferta de alguns produtos mais sensíveis acaba sendo reduzida, como a couve-flor. No entanto, a presidente da Assafe garante que o calor e o sol forte ainda não comprometem a qualidade e variedade nos cinco pontos de feiras rurais dacidade. “O abastecimento nas bancas segue normal.”

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Feirantes recebem curso de boas práticas de fabricação


Feirantes recebem curso de boas práticas de fabricação
Cerca de 50 feirantes que produzem lanches e panificados nos municípios de Assis Chateaubriand, Jesuítas, Iracema e Formosa do Oeste participaram na terça-feira de um curso de boas praticas de fabricação e manipulação dos alimentos. 
Na oportunidade, os produtores receberam orientações sobre a correta manipulação e da importância de um produto bem higienizado como conta a Assistente Social da Emater de Toledo, Claudete Frasson. “Nesses quatro municípios nós temos produtores e estamos tratando a importância do conhecimento do que o produto deles sendo colocado na mão do consumidor pode provocar. Ele pode ser um bom produto, o produtor pode ter sucesso na sua atividade, como também pode trazer problemas para o produtor se ele for mal manipulado.” Ressalta.
O curso foi realizado em parceria com a Unioeste. Os trabalhos ficaram a cargo da Dra. Monica Fiorese do curso de Engenharia Química da Unioeste que já havia realizado o curso em Toledo e na oportunidade passou o conhecimento para os produtores em Jesuítas. “Estamos passando noções da importância da higiene correta dos alimentos, não só da higiene deles, mas também da higiene pessoal. O que estamos trabalhando hoje são questões de higiene pessoal, de superfície, ambiental e também a parte de higiene dos alimentos, pois é importante levar em consideração quando você compra um alimento, a gente está falando sobre matéria prima, qual a qualidade e procedimentos corretos para não gerar uma contaminação alimentar, a importância de eles saberem isso e a noção de quando se trabalha com alimento e a pessoa consome e tem uma intoxicação alimentar com o alimento fornecido por eles, eles são os responsáveis.” Explica.
Além disso, Monica diz ser importante a capacitação dos profissionais. “Estamos explicando também sobre o que é o microorganismo, pois muito não tem o conhecimento do que é, como se reproduz, qual a temperatura e ambiente favoráveis para a reprodução, explicando sobre os conceitos de higiene dos alimentos, higiene corporal e de superfícies. Também é importante para melhorar a qualidade do produto. Queremos capacitá-los para que eles possam estar mais seguros, pois passaram por um treinamento e sabem as condições que devem estar preparando o alimento.” Finaliza.
Já para o produtor Antônio Cazarini, a reunião foi uma boa oportunidade de aprender novas práticas no manejo dos alimentos. “Eu estou aproveitando tudo o que tenho direito aqui, aprendendo cada dia mais, acho que foi muito legal essa palestra, tem muito mais produtores que deveriam estar aqui e não estão, alguns até por motivos de saúde, mas acredito que seja muito benéfica essa reunião. É importante tirar as dúvidas para aprender as coisas corretas, mesmo que não consiga fazer tudo certinho, mas procuramos fazer tudo com o máximo de higiene possível seguindo as orientações da doutora.” Conta.
Para os produtores que produzem hortaliças será realizado um trabalho em outro momento na questão da água tanto de irrigação tanto da água de higienização das verduras. Segundo informações os trabalhos ocorrerão no próximo ano.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SDR, agricultores e feirantes discutem melhorias para o setor agrícola do Amapá


Aproximadamente 200 agricultores e feirantes de todo o Estado participaram, no Centro de Difusão Cultural João Batista de Azevedo Picanço, da reunião semestral de agricultores e feirantes promovida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR).
O encontro, que acontece duas vezes ao ano, visa discutir e avaliar junto às classes, o desenvolvimento e as dificuldades na realização das atividades agrícolas no Estado, com a proposição de ideias e ações que possam melhorar o atendimento das necessidades do setor.
De acordo com o mediador do encontro, Valdeci Firmino, algumas prioridades do setor agrícola do Estado foram discutidas durante a reunião, como as orientações das políticas de controle de pesos, preços e medidas praticadas na agricultura familiar; a inserção dos agricultores nas políticas públicas; o cenário atual do convênio do Protaf 2012/ 2013; o transporte de materiais de produtores no caminhão da feira; o recadastramento dos agricultores e feirantes; além dos resultados alcançados desde a última reunião de agricultores e as discussões propostas no I Seminário de Escoamento da Produção.
“Durante os encontros com os agricultores, fazemos um balanço geral da real situação das áreas agrícolas do Estado, buscando sempre avaliar os avanços alcançados durante o semestre anterior, discutindo os problemas e propondo soluções que possam melhorar ou até mesmo sanar os mesmos”, destacou.
Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Paulo Nunes, apesar de algumas dificuldades, o setor agrícola do Amapá vem conseguindo se desenvolver, por meio de programas de ações de governo voltados para o setor e da parceria de outros órgãos, como o Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá (Procon/AP) e o Ministério Público Estadual, que estão ativamente trabalhando para garantir o melhor atendimento aos agricultores.
“Apesar de alguns entraves, estamos trabalhando ativamente para o desenvolvimento de nossas áreas agrícolas, e o melhor atendimento à classe, a exemplo das ações de assistência técnica do Protaf e a mecanização das áreas agrícolas”, pontuou o secretário.
O agricultor Francisco Oliveira, durante as discussões, destacou a importância da participação e do apoio dispensado pelo Governo do Amapá para a melhoria do atendimento aos agricultores e feirantes do Estado e pontuou ações que os próprios agricultores podem fazer para contribuir na solução de um dos maiores problemas dos produtores do Estado, como o recadastramento correto de agricultores.
“Como agricultor familiar e integrante da classe agrícola do Estado, sei das dificuldades que sempre enfrentamos, tanto no campo quanto no atendimento e transporte de nossas mercadorias para as feiras do Estado. Mas, posso afirmar que pela primeira vez, em muitos anos, estamos tendo a atenção e o apoio do governo do Estado na busca das soluções para muitos desses problemas, não apenas com as fiscalizações nas feiras, inibindo o abuso dos atravessadores, mais também na implantação de programas e a assistência técnica”, afirmou.
Como resultados do encontro, as propostas aprovadas pelos agricultores serão encaminhadas por meio de Carta Aberta ao governador Camilo Capiberibe, para conhecimento das necessidades das classes agrícolas do Estado e posterior discussão junto aos órgãos responsáveis para proceder no atendimento das solicitações.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Família de feirantes inova e cria o 'disque pamonha' em Uberaba, MG


A diversidade nos produtos é o segredo do empreendimento popular da família Costa em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Com um negócio voltado para a venda de espigas de milho, pamonhas e derivados, a família que está há 32 anos no mercado percorre as feiras conquistando os clientes pelo paladar. Mas com a evolução do mercado eles perceberam a necessidade de criar uma forma de atender clientes também fora das feiras e inventaram o ‘disque pamonha’.
Família investe na venda de derivados do milho e cria disk pamonha para conquistar mercado (Foto: Reprodução/TV Integração)Família trabalha nas feiras da cidade vendendo
pamonha (Foto: Reprodução/TV Integração)

Mas o trabalho da família na feira começou com a venda de frutas e verdudas até que eles decidiram investir em um novo ramo. “Antigamente, o milho não era cultivado mensalmente, não tinha o plantio direto, agora que o pessoal melhorou as técnicas de irrigação e a gente tem milho o ano todo", contou o feirante Cláudio Luis da Costa. A partir daí a família conseguiu implementar os negócios e passou a fabricar também pamonha. "Eu acho que a maior aposta foi mesmo a gente ter parado com as verduras para trabalhar só com o milho porque foi um tiro no escuro. Quando a gente sentiu que não ia passar muito aperto para conseguir o produto [o milho] aí a gente ficou mais tranquilo. Mas o começo foi meio tenso porque a gente tenta sempre ser um pouquinho diferente dos outros já que se todo mundo for igual vira um monopólio. Quem faz o diferencial consegue se sobressair na frente dos outros”, lembrou o feirante.
Família investe na venda de derivados do milho e cria disk pamonha para conquistar mercado (Foto: Reprodução/TV Integração)O trabalho nas feiras populares funciona de terça a domingo e, ao todo, são cerca de oito por semana, intercalando os períodos da tarde e noite. Além disso, o trabalho para buscar o produto no campo ainda exige tempo dos empreendedores. “Algumas vezes na semana vamos buscar o milho na roça. A gente compra a produção de terceiros, direto do produtor e vai aonde tem: Minas, São Paulo, Goiás. Então tem essa dificuldade de correr atrás do produto. Quem só trabalha com milho tem que buscar aonde tiver”, completou Cláudio.
Mas quem pensa que os empreendimentos da família Costa estão apenas ligados à feira se engana. Para ampliar as vendas eles investiram em um ‘disque pamonha’. “Criamos um 'disque pamonha' para também atender os clientes fora das feiras. Entregamos acima de cinco unidades e o negócio já funciona há três anos e está indo bem”, contou a feirante Valéria Cristina Paiva Saturno. 
Empreendedores criaram 'disque pamonha' para conquistar o mercado

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SESEP convoca ambulantes para cadastro


Com a chegada do tradicional Parque de Diversão Cacique na cidade, a Secretaria de Serviços Públicos (SESEP) vai cadastrar os ambulantes que irão trabalhar no entorno do parque. O cadastramento será r
ealizado das 7h30 às 17h, a partir da próxima quinta feira, 06, na Coordenação de Postura da Prefeitura, localizada na SESEP, Rua Sóror Joana Angélica, Centro. O cadastro será realizado até o dia 21 de dezembro. O parque começa a funcionar no dia 15.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Festas de fim de ano atraem vendedores ambulantes e causam desordem no Centro


[ i ]Os vendedores ambulantes ocupam as calçadas, meio-fio e ruas do Centro
Manaus - Com as festa de fim de ano chegando e a grande movimentação de consumidores circulando no Centro, aumentou significativamente o número de vendedores ambulantes em Manaus.
Sem fiscalização periódica, camelôs e feirantes em carrinhos de mão buscam espaços cada vez mais disputados nas vias e nas calçadas, entre pedestres e motoristas.
Na Rua 15 de Novembro, área de grande movimentação que fica atrás do Terminal da Matriz, motoristas buscam meios de desviar dos carrinhos de frutas e verduras que ficam estacionados no meio-fio.
De acordo com o taxista Otamiro Fernandes, 42, após a grande cheia deste ano novos vendedores ambulantes começaram a surgir no Centro e a atrapalhar o trânsito. “Alguns camelôs saíram, outros ficaram e muitos outros apareceram. A sensação que temos é que está tudo desordenado”, afirmou.
Fernandes disse que, além dos carrinhos de mão com frutas e verduras, o número boxes liberados aos camelôs por meio de concessão também aumentou. Um espaço destinado para no máximo um boxe a cada três metros, hoje é visto um a cada um metro de distância.
A vendedora ambulante Adalgina Costa, 57, que é cadastrada, disse que os fiscais da Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab) fazem ‘vista grossa’ a atual realidade do Centro. “Trabalho aqui há 28 anos e nunca vi tanta desordem. Chega a ser normal a saída e chegada de novos vendedores ambulantes, mas nada é feito para coibir ou nos tirar daqui para um lugar melhor”, disse.
Na Rua dos Barés, próximo ao porto privatizado, a situação chega a ser tão crítica a ponto de o carros passar próximas as bancas de frutas e verduras em um espaço reduzido na rua.
Segundo o comerciante, Francisco de Assis, 55, entre as ruas dos Barés e Barão de São Domingos os vendedores chegam, montam o ponto na rua e mesmo com a fiscalização voltam ao local depois. “Tem um novo grupo aqui em frente a feira da Manaus Moderna. Eles chegaram há duas semanas, os fiscais passam, dão o susto e eles voltam”, informou.
Em meio aos vendedores ambulantes e a desordem no Centro, podem ser vistos turistas estrangeiros que chegam a Manaus na temporada dos cruzeiros
Para o alemão Erick Vogelpohl, 30, que chegou a Manaus há pouco mais de quatro dias, a cidade precisa melhorar em infraestrutura para receber melhor os visitantes. “Eu estive no Teatro Amazonas e achei aquela área linda. Mas aqui embaixo, nos comércios, existe uma desorganização total. É preciso que haja uma reforma para que nossa impressão daqui seja melhor”, disse.
A Sempab informou que as fiscalizações foram intensificadas e o horário estendido até às 22h, com o propósito de inibir um maior número de comerciantes ilegais no Centro. Em contrapartida, a secretaria frisou que, apesar das constantes fiscalizações e apreensões, os vendedores voltam para a área com material novo.
Os ambulantes cadastrados e autorizados para atuar na capital, de acordo com o Sempab, são 7,1 mil, sendo 3,5 mil no Centro e 3,6 nos bairros de Manaus.

Ambulantes ocupam Praça José de Alencar


Um formigueiro humano. Foi assim que voltou a ficar a Praça José de Alencar, no Centro de Fortaleza, com a invasão de ambulantes. Na manhã deste sábado, quem tentou passar pelo logradouro teve dificuldades pela quantidade de vendedores ambulantes que disputavam cada centímetro da praça. As calçadas do entorno, em frente à Igreja do Patrocínio, Teatro José de Alencar e Centro de Especialidades Médicas (Cemja), também ficaram tomadas.

Com a lotação, frequentadores reclamam da desorganização e da sujeira, enquanto os lojistas se queixam da concorrência desleal Foto: Alex Costa

Os camelôs comercializam, principalmente, roupas e calçados. "É o jeito. A gente tem que ganhar a vida e não pode ficar muito afastado do Centro", justifica José Francisco da Silva, que utiliza, além da lona no chão, manequins com exposição das confecções. Para ele, é natural a ocupação da praça. "A gente está aqui e quero ver quem vai tirar", desafia.

Reclamação
A dona de casa Rosemary Cavalcante reclama e lamenta a ocupação sem que fiscais da Prefeitura tivessem coibido. "É uma pena ter um equipamento desses entregue ao deus-dará. Pensei em trazer a minha irmã, que vem do Maranhão, para mostrar o Centro da cidade, mas não tenho coragem", desabafa.

O pedreiro Francisco Deusimar Ferreira não critica a invasão, mas reclama dos ambulantes com relação à sujeira. "Eles jogam tudo no chão e a imundície vai aumentando. É triste".

De acordo com o taxista José William Moura, a ocupação já vinha sendo observada desde o início de novembro, sempre nos fins de semana, mas, no sábado, a situação piorou muito. "Sem a ação dos fiscais, eles foram se chegando e ficando. Agora, acho difícil retirá-los daqui", diz.

Os lojistas das imediações também criticam e se dizem mais prejudicados ainda. "Trabalho numa loja bem em frente à praça e a concorrência desleal tira nossa freguesia e afasta outros que não querem vir para um Centro entregue a Deus", lamenta o gerente de loja que preferiu não se identificar.

A titular da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), Luciana Castelo Branco, confirma que tomou conhecimento da ação dos ambulantes e acrescenta que, somente ontem (sábado), recebeu mais de dez telefonemas de pessoas alertando para o fato. Ela também informa que estuda as providências a serem tomadas num breve espaço de tempo.

Operação
Em janeiro de 2009, atendendo à recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPE) - que solicitaram a liberação da praça para a população - foi realizada uma operação da Prefeitura, com apoio da Polícia Militar e pelotão especial da Guarda Municipal, que retirou os ambulantes do logradouro.

A ação teve início na madrugada, e reuniu 150 guardas municipais, incluindo o Pelotão de Ponto Emprego, armados com escudos, spray de pimenta, capacetes especiais e cassetetes.

Participaram também da operação, 90 fiscais da Secretaria Executiva Regional II, 20 agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), 15 agentes da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e 70 garis da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb).

LÊDA GONÇALVESREPÓRTER 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Comércio de Juara sofre com concorrência desleal de ambulantes e informais


O comércio de Juara vive os efeitos da crise financeira mundial que reflete no consumo, porém tal situação está agravada pela falta de leis que protejam a atividade na cidade e que estimulem investimentos em alguns setores. Os vendedores ambulantes  estão permitidos de atuarem livremente, devido à ausência de Lei que os impeçam ou que regulamente a atividade, ou seja, pessoas chegam à cidade com todo tipo de mercadoria, alguns recolhem uma pequena taxa na Prefeitura e vendem livremente pelas ruas da cidade, na maioria dos casos, os mesmos produtos que o comércio local vende.

Na mesma linha, a informalidade de muitas pessoas residentes em Juara, que comercializam produtos de maneira não legalizada e que não sofrem nenhuma fiscalização e assim, na total informalidade e concorrência desleal, vendem nos fundos de suas casas, em malas e porta-malas de seus carros pelas ruas da cidade.

Os comerciantes devidamente legalizados, geram emprego e renda ao município, mas seus encargos são muitos, pois pagam impostos como o Alvará de funcionamento, aluguéis caros, Alvará da Vigilância Sanitária, impostos municipais, estaduais e federais, além dos trabalhistas de seus funcionários. Nunca terão condições de competir em preço com a informalidade ou com vendedores ambulantes que recolhem apenas uma taxa na Prefeitura e depois levam embora o dinheiro conquistado com suas vendas em detrimento ao comercio local.

À noite em Juara, a Avenida Rio Arinos, que é a principal avenida está tomada de pequenos vendedores de comida rápida, os Fast Foods, que de maneira informal, levam os produtos em potes plásticos, sem acondicionamento adequado e vendem comida a céu aberto. Algumas lanchonetes dentro das normas, na mesma avenida não conseguiram competir com esses ambulantes e fecharam seus estabelecimentos.

Aprovação de Leis nesse sentido em Juara, poderia regulamentar local, horario e condições para esses tipos de ambulantes trabalharem sem prejudicar os inmvestidores do setor de comida.

Não se tem noticia de nenhuma mobilização nem mesmo da CDL ou ACIAJU para cobrar Vereadores e Prefeito para resolverem essas questões que protegeriam o comerciante de Juara e que, por consequência, também estimularia outros empresários a investirem na cidade. O que existe é muita reclamação quanto ao "abre e fecha portas" do comércio local.

O aspecto social dessa questão não pode servir de justificativa, visto que o gerador de emprego na cidade não pode sofrer prejuízos com a prática da concorrência desleal. Se todos os cidadãos precisam sobreviver, não pode sê-lo à custa do prejuízo alheio.

É dever do Poder Público preservar a legalidade combatendo a ilegalidade.

“Juara ainda não tem regulamentação nesse sentido, nem tão pouco o respeito dos políticos com a classe dos comerciantes. Qualquer um que chega aqui recebe terreno pra se instalar, mas nós que estamos aqui ha tanto tempo, parece que não estamos valendo nada, porque chega ai um monte de ambulante e nem a Prefeitura impede nem Vereador não faz lei pra impedir como tem em outras cidades”, reclamou um antigo comerciante que prefere não se identificar.

Em outras cidades existe a Lei que regulamenta a atividade dos vendedores ambulantes, impedindo-os de atuarem em desfavor do comercio local. Nas cidades que existe essa regulamentação legal, o gestor que não cumpri-la pode ser responsabilizado pela Promotoria Pública, inclusive.

Dentre as leis que protegem o comercio local de várias cidades de MT desse tipo de venda perniciosa, está à determinação de que os vendedores ambulantes que chegam de outras localidades e sem regulamentação na atividade ficam impedidos de vender na cidade. “...desde que residam na cidade e reconhecidamente já exerçam a atividade e que estejam legalmente constituídos”.

Confira algumas dessas Leis que já estão em vigor em muitas cidades de Mato Grosso, cujos legisladores estavam atentos em tentar evitar danos ao comercio local, protegendo a atividade.

Carreto consciente


Confiança e dignidade. São os sentimentos que os carregadores da Central de Abastecimento passarão aos consumidores. Durante todo o mês de novembro esses trabalhadores informais serão cadastrados e receberão o fardamento padronizado para realizar o transporte de mercadorias dentro da feira. Essa ação faz parte do "Programa Carreto Consciente" elaborado e executado pela Secretaria de Assistência Social – SEMAS. Desde o mês de abril, o Programa já entregou mais de 130 kits aos carregadores, a expectativa é que nessa segunda etapa mais de 150 carregadores possam retirar os kits.
Estão sendo distribuídos duas camisas e crachás de identificação. Para se cadastrar, basta comparecer à diretoria da Central de Abastecimento ou na SEMAS, portando os seguintes documentos: RG, CPF, Carteira de Reservista (para homens), antecedentes criminais e duas fotos 3 x 4. Caso esteja faltando algum desses documentos, a Secretaria fará o cadastro e 
auxiliará na retirada do documento.

“A uniformização dos carregadores proporciona melhores condições de trabalho para eles, além de passar mais segurança aos consumidores. Com o fardamento poderemos identificar e combater o trabalho infantil já que para receber o kit a pessoa tem que possuir idade igual ou superior a 18 anos”, ressaltou Selma de Jesus, secretária interina da SEMAS.

Além do fardamento, os carregadores receberam um treinamento na Central de Abastecimento sobre o atendimento ao cliente, higiene pessoal e comportamento. A entrega dos kits será realizada durante todo o mês de novembro sempre as sextas e sábados (das 8h às12h).
Carreto consciente 

Confiança e dignidade. São os sentimentos que os carregadores da Central de Abastecimento passarão aos consumidores. Durante todo o mês de novembro esses trabalhadores informais serão cadastrados e receberão o fardamento padronizado para realizar o transporte de mercadorias dentro da feira. Essa ação faz parte do "Programa Carreto Consciente" elaborado e executado pela Secretaria de Assistência Social – SEMAS. Desde o mês de abril, o Programa já entregou mais de 130 kits aos carregadores, a expectativa é que nessa segunda etapa mais de 150 carregadores possam retirar os kits.
Estão sendo distribuídos duas camisas e crachás de identificação. Para se cadastrar, basta comparecer à diretoria da Central de Abastecimento ou na SEMAS, portando os seguintes documentos: RG, CPF, Carteira de Reservista (para homens), antecedentes criminais e duas fotos 3 x 4. Caso esteja faltando algum desses documentos, a Secretaria fará o cadastro e auxiliará na retirada do documento.

“A uniformização dos carregadores proporciona melhores condições de trabalho para eles, além de passar mais segurança aos consumidores. Com o fardamento poderemos identificar e combater o trabalho infantil já que para receber o kit a pessoa tem que possuir idade igual ou superior a 18 anos”, ressaltou Selma de Jesus, secretária interina da SEMAS. 

Além do fardamento, os carregadores receberam um treinamento na Central de Abastecimento sobre o atendimento ao cliente, higiene pessoal e comportamento. A entrega dos kits será realizada durante todo o mês de novembro sempre as sextas e sábados (das 8h às12h).

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SAÚDE TREINA MANIPULADORES DE ALIMENTOS


A Associação dos Vendedores Ambulantes Usuários do Espaço Público (AVAUEPS) recebeu a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa), para um treinamento com 97 vendedores ambulantes. A ação foi realizada, ontem, na sede da associação, no estádio Batistão.
O treinamento foi uma continuação da reunião com vendedores ambulantes da orla e discutiu as boas práticas em manipulação de alimentos, irregularidades encontradas no comércio de alimentos em festas populares do interior e da capital e o papel da Vigilância Sanitária dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Eles nos falaram de algumas dificuldades que encontram para atender nossas exigências em certos locais onde vão trabalhar. Eles precisam de banheiros químicos próximos às barracas, mais lixeiras e as barracas têm que ficar em locais pavimentados”, disse Rosana Barreto, gerente de alimentos da Divisa.
Para o presidente da AVAUEPS, Ademilton Pereira da Conceição, o objetivo é atingir o maior número de associados possível. “Esse treinamento é interessante e, até, obrigatório para que o vendedor saiba o que fazer no local de trabalho. Algumas pessoas não puderam comparecer, mas agente quer marcar outra data para que eles recebam o treinamento”, afirmou.
Para o secretário de Estado da Saúde, Silvio Santos, a ação de educação é uma importante ferramenta para conscientização dos trabalhadores. “No momento em que esses trabalhadores demonstram interesse pelo treinamento da Vigilância Sanitária, eles estão preocupados em prestar um serviço de qualidade para a população, ofertando produtos que não colocarão a saúde das pessoas em risco”, disse.
Ação lúdica
Além das palestras que conduziram o treinamento, foi apresentada aos vendedores ambulantes uma peça de teatro encenada pelas próprias fiscais da gerência de alimentos da Divisa, Adenilde Santos de Andrade e Zuleide da Conceição Santos Lima. Elas mostraram exemplos e consequências da realização do trabalho de forma correta e incorreta. Também participaram do treinamento o fiscal Francisco Matos Melo e a servidora administrativa Helena Maria Menezes

terça-feira, 10 de julho de 2012

Ambulantes aproveitam Eapic para lucrar em São João da Boa Vista Cerca de R$ 3 milhões devem movimentar a economia da região na festa. Evento espera receber 100 mil pessoas até o próximo domingo (15).


A exposição Eapic deve movimentar R$ 3 milhões em São João da Boa Vista (SP) até o próximo domingo (15). Para vendedores ambulantes e trabalhadores autônomos, esta é a melhor época do ano para ganhar um bom dinheiro.
A fim de complementar a renda, Alex Francisco de Aquino Cândido alugou o pátio da empresa. À noite e durante os fins de semana, ele transforma o local em um estacionamento, que dá para guardar até 60 carros. O valor varia de acordo com a atração musical da festa.
“Em um show mais barato, a vaga aqui custa de R$ 10 a R$ 15. Quando o show é mais caro, a gente aumenta um pouco e aí o preço pode chegar a R$ 30”, diz.
O vendedor ambulante Marcilio Bertoncelli Junior também montou uma grande estrutura na festa para comercializar os seus 18 tipos de lanches, que custam de R$ 6 a R$ 15. “Em um dia como hoje pretendo vender uns mil pães”, almeja.
Cerca de 100 mil pessoas devem passar pelo evento até domingo. Por isso, 17 empresas montaram estandes no pavilhão. “Daqui saem muitos negócios, contatos e vendas”, diz o consultor Marcelo Naufal.
Por isso, o movimento faz do parque de exposições um outdoor para divulgar marcas e empresas.
“É uma festa que agrega não só a região de São João, mas também a região de São Paulo inteira e de outros estados. È uma oportunidade de divulgar o produto e aproveitar esse mercado todo que vem aquecido para cá”, ressalta Antônio Carlos Peçanha, presidente da Associação Comercial da cidade.
O vendedor ambulante Marcilio Bertoncelli Junior prepara 18 tipos de lanches (Foto: Reprodução/EPTV)O vendedor ambulante Marcilio Bertoncelli Junior prepara 18 tipos de lanches (Foto: Reprodução/EPTV)

Operação da Sempab retira ambulantes de ruas em Manaus A operação intensificou a fiscalização nos principais pontos onde os ambulantes atuam, como os arredores do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, no Centro de Manaus


Fiscais desfizeram bancas improvisadas
Fiscais desfizeram bancas improvisadas (Márcio Silva)
A Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab) realizou na manhã desta sexta-feira (06), uma operação para organização e retirada de vendedores ambulantes, no Centro de Manaus.
A operação intensificou a fiscalização nos principais pontosonde os ambulantes atuam, como os arredores do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, no Centro de Manaus.
De acordo com a Sempab, a organização e remoção dos vendedores ambulantes tornaram-se necessárias após a Sempab receber dezenas de denúncias enviadas pela população através do disque denúncia do órgão (3663-8488). Entre as denúncias estão a superlotação de ambulantes em algumas áreas da cidade, bem como a ocupação desordenada de calçadas.
Os trabalhos foram feitos por 30 fiscais da Sempab, com apoio da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana, Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb) e Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans).

terça-feira, 19 de junho de 2012

Prefeito de Alagoinhas garante recursos para Central de Abastecimento


O prefeito Paulo Cezar, de Alagoinhas, esteve reunido na tarde de terça-feira, 11, com a presidente Maria Del Carmem, da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, Conder, quando assegurou recursos de R$400 mil para o aditivo das obras da Central de Abastecimento. Desta verba, R$ 180 mil serão aplicados no projeto elétrico, sendo o restante distribuídos em 14 itens de reestruturação do local, que não estavam contemplados no projeto anterior, feitos pela gestão passada.

Dentre estes item estão a substituição dos azulejos e de todas as paredes, com exceção da parede da frente; serão retirados todas as bancadas de mármore, conforme a Portaria 304 do Ministério da Agricultura; os portões de acesso serão retirados e colocados novos, além da substituição de todo o piso. A presidente da Conder confirmou que o governador Jaques Wagner estará em Alagoinhas para participar da inauguração das obras na Central de Abastecimento.
A presidente da Conder ficou impressionada com os erros encontrados no projeto inicial, que não contemplava sequer a parte elétrica. Quanto a aquisição da câmara frigorifica para o mercado de carne, que custa R$ 500 mil, Maria Del Carmem não se comprometeu na doação, mas disseque vai se empenhar junto ao governador para que Alagoinhas seja contemplada com o equipamento. O prefeito Paulo Cezar chegou até mesmo a ventilar a possibilidade da prefeitura colaborar com parte do investimento.
Paulo Cezar aproveitou para solicitar que a Conder realize obras de macrodrenagem nas ruas Silva Jardim e 15 de Novembro. Maria Del Carmem ficou de levar a solicitação ao governador, e tentar incluir estas duas obras no Programa de Aceleração do Crescimento – o PAC. Estiveram presentes ao encontro, na Conder, os secretários de Governo João Rabelo e de Gerência de Projetos, Sônia Fontes. (Fonte: Ascom da Prefeitura de Alagoinhas).

quinta-feira, 31 de maio de 2012

De camelô a assessor Dennys vendia bugigangas em Brasília; hoje trabalha com o ministro Ricardo Lewandowski

BRASÍLIA – “Meu exemplo é o de que a educação é um fator de ascensão social”, diz Dennys Rodrigues, de 32 anos. Na adolescência, ele vendia bugigangas do Paraguai no centro de Brasília. Hoje, formado em Direito, assessora o ministro Ricardo Lewandowski na análise de processos do Supremo, entre eles o do mensalão.



Filho de costureira, Dennys não foi beneficiado pelas cotas da UnB - Beto Barata/AE
Beto Barata/AE
Filho de costureira, Dennys não foi beneficiado pelas cotas da UnB
Filho de uma costureira e um pintor, Dennys nasceu em Parnaíba (PI). Criado em Brasília, cursou escola pública. No vestibular, não conseguiu vaga na UnB, que tem cotas para negros e índios, mas não para egressos da rede pública. Estudou na Universidade Católica de Brasília. “Escolhi Direito por achar que poderia ser útil à sociedade.”
Dennys, cujo primeiro emprego com carteira assinada foi de vendedor em loja de ferragens, trabalhou de office boy e auxiliar administrativo até entrar no STF, por meio de concurso para cargo de nível médio. “Ficava na Secretaria Judiciária. Batia carimbo, carregava processo, juntava petições.”
Após a faculdade, fez concurso para o cargo de assessor de nível superior, cujo salário varia de cerca de R$ 7,5 mil a aproximadamente R$ 13 mil. Cumprindo uma média de 8 horas diárias de trabalho, anda ocupado com a ação do mensalão e com o inquérito sobre o senador Demóstenes Torres.
Pai de Pedro, de 7, Dennys afirma que o garoto não fala em seguir sua carreira. “Ele quer ser mágico. Queria que fosse jogador de futebol. Compro meião, bola, mas não adianta”, brinca.

Camelôs protestam em SP Categoria contesta proibição para trabalhar nas ruas da capital. Segundo PM, havia cerca de 200 pessoas no local; protesto era pacífico.

Cerca de 200 camelôs participavam de um protesto na Praça do Patriarca, no Centro de São Paulo, por volta das 11h50 desta quinta-feira (31). Segundo a Polícia Militar, o grupo se manifestava contra a revogação do decreto que permitia o trabalho dos ambulantes nas ruas da capital paulista e contra o vencimento do Termo de Permissão de Uso (TPU). A movimentação seguia pacífica no horário, segundo a PM.

JustiçaNesta segunda-feira (28), a Defensoria Pública de São Paulo entrou com ação na Justiça para garantir que os comerciantes de rua regularizados da capital possam trabalhar nas vias públicas. O órgão afirma que o argumento da Prefeitura para revogar os TPU dos comerciantes, baseado em princípios como "desobstruir as vias públicas", entre outros, pode causar prejuízo às atividades de geração de trabalho e renda para a população pobre. A Prefeitura não comentou a ação da Defensoria.
Segundo o presidente do Sindicato dos Permissionários, pelo menos 500 ambulantes foram afetados pela extinção dos bolsões e proibição do comércio nas ruas. Metade deles, deficientes físicos. “Não gostaria de entrar na Justiça, mas, se for o caso, não tiver outra saída, vamos ter que bater a porta da Justiça porque é uma situação desesperadora dessas pessoas que vão ficar sem ganhar o sustento de suas famílias”, disse José Gomes da Silva.
Segundo a Prefeitura, já foram regovados 380 TPUs em toda a cidade e os ambulantes vão poder trabalhar em três shoppings populares que serão construídos na capital. Enquanto os locais não ficarem prontos, uma das propostas da Prefeitura é o trabalho nas feiras livres.
Feiras livresNesta quinta, a Prefeitura informou que abrirá 2 mil vagas para ambulantes trabalharem nas feiras livres da cidade. Os interessados – que devem possuir o TPU, revogado a no máximo 12 meses – já podem procurar o Centro de Apoio ao Trabalho (CAT) da Luz, na região central, para se candidatarem a uma das vagas.
Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, cada vaga autoriza o trabalho de um camelô em uma das 863 feiras da cidade, que ocorrem em dias distintos. Podem se candidatar os ambulantes deficientes físicos e com mais de 60 anos. O mesmo ambulante pode pleitear o trabalho em mais de uma feira, em dias diferentes. Por isso, a secretaria espera atender 600 pessoas.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ambulantes voltam a ocupar calçadas do bairro João Paulo - Maranhão


Vendedores ambulantes voltam a ocupar as calçadas da Avenida São Marçal, no João Paulo. No mês passado, uma operação foi realizada pela Blitz Urbana, órgão ligado à Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo (Semurh), retirou todos os camelôs que ocupavam irregularmente o espaço.
Durou apenas dois dias, segundo comerciantesdo João Paulo, o cumprimento da determinação do Município de que ambulantes não deveriam ocupar calçadas da Avenida São Marçal. A operação de retirada dos ambulantes aconteceu no dia 27 de abril, mas o comércio informal já se instalou novamente em toda extensão do calçamento da avenida. "A operação não consegue controlar essa desorganização", disse o empresário Marcelo Silva. Ele acrescentou que já pensa em procurar outro local para a sua loja, por causa da desordem na área.
A ocupação indevida se inicia nas proximidades da Praça Duque de Caxias, onde cerca de 10 camelôs dividem espaço fazendo a venda de CDs, DVDs, bolsas e outros objetos. Porém o ponto mais crítico fica em frente à feira do bairro, também tomado pelos vendedores. Lá, várias bancas se amontoam na calçada e disputam espaço na comercialização de produtos que vão de CDs e DVDs piratas a legumes, verduras e frutas.
A principal via do João Paulo atrai diariamente muitas pessoas por causa da grande quantidade de lojas e variedades de produtos. Com as bancas instaladas nas calçadas, os pedestres precisam utilizar a via para se deslocar e o perigo de acidentes aumenta por causa da grande quantidade de veículos que trafegam na área. "É difícil andar por aqui. Já não temos opção a não ser a pista", reclamou o estudante Maycon dos Santos.
Determinação - A ocupação de calçadas não se restringe somente a vendedores ambulantes. Proprietários de lojas também ocupam o espaço destinado aos pedestres com manequins e produtos em exposição. "Aqui é difícil alguém pôr ordem nessa bagunça", criticou o aposentado Gabriel Araújo.
Ontem, o superintende de fiscalização e postura da Blitz Urbana, José Batista da Hora Júnior, que comandou a operação de retirada dos ambulantes das calçadas da Avenida São Marçal, garantiu a O Estado que a situação na área estava controlada, mas foi informado da volta dos ambulantes ao local e disse que seria encaminhada uma equipe para verificar o problema.

urou apenas dois dias, segundo comerciantes do João Paulo, o cumprimento da determinação do Município


Crato-CE: Vendedores ambulantes da Praça da Sé terão curso de higiene alimentar



Vendedora ambulante da Praça da Sé, em Crato-CE / Foto: Tereza Raquel
A Prefeitura do Crato, em parceria com as secretarias municipais de Infraestrutura, Meio Ambiente, Administração e Planejamento e Saúde, vai realizar um curso de vigilância sanitária e boas práticas de alimentos, para ambulantes e permissionários da Praça da Sé. A justificativa é de que esses profissionais têm uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento econômico da cidade, uma vez que suas vendas representam uma renda alternativa para aqueles que se encontram desempregados.
O curso vai ser necessário para conscientizar os ambulantes da importância de se ter hábitos de higiene, tanto pessoal quanto aos alimentos, além de promover ações de capacitações e treinamentos periódicos de orientações específicas ao manipulador. Com isso, estará mais consciente de seu papel e de sua responsabilidade diante dos que consomem os alimentos por eles preparados.
O curso tem a proposta de fornecer conhecimentos sobre vigilância sanitária, a importância e os conceitos da legislação sanitária vigente e informá-los quanto às normas e exigências para os empreendimentos no setor de alimentação. O curso terá carga horária de 20 horas e será realizado de 28 de maio a 1º de junho, no horário das 8h30 às 11h30, no auditório do Centro Administrativo da RFFSA, rua Sete de Setembro, 150, Bairro São Miguel. Terá ainda a participação de monitores do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE e Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Prefeitura de SP demole barracas de ambulantes no Largo 13


A Prefeitura de São Paulo acabou com o comércio de ambulantes no Largo 13, na região de Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo. No total, 178 vendedores trabalhavam na área há 15 anos. As barracas foram demolidas na tarde desta quinta-feira (19) – muitas delas eram de alvenaria.
Os ambulantes estavam na região desde 1997 – na época, um decreto autorizou o trabalho no local. Entretanto, em novembro de 2011, o prefeito Gilberto Kassab revogou o decreto – para ele, como o local é público, deveria ser apropriado novamente pelo município.
Os ambulantes afirmaram que foi oferecido a eles apenas um encaminhamento ao Centro de Apoio ao Trabalho (CAT) para a realização de cursos e inserção no mercado de trabalho.
A equipe do Bom Dia São Paulo entrou em contato com a Prefeitura para comentar o assunto, mas ninguém quis falar sobre o caso. A administração municipal pretende fazer uma praça na área – o prazo para a conclusão da revitalização não foi anunciado.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Nem Cartão BOM escapa de ambulantes

Pouco mais de três meses após a adoção do Cartão BOM (Bilhete de Ônibus Metropolitano) nos trólebus do Corredor ABD, ambulantes que revendem bilhetes da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) no Centro de Santo André já oferecem esquema de compra dos créditos eletrônicos do vale-transporte.
É a forma encontrada de compensar a queda na comercialização dos passes magnéticos após a adoção do cartão. A equipe do Diário esteve em todas as estações de trem e terminais de trólebus da região. Em São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não havia vendedores. No restante, o número de ambulantes desse tipo de negócio é baixo.
Pagando só metade do valor que o trabalhador ou estudante ganha de cota no cartão, os ambulantes atraem os clientes com quiosques montados ao redor do Terminal Oeste de Santo André. Lá, as pessoas são orientadas a seguir para uma sala comercial na Rua Catequese. É necessário deixar o cartão e fornecer dados como nome completo e CPF para que os revendedores possam ativar um cadastro no site do Cartão BOM e, dessa forma, acompanhar o saldo de créditos.
"Se quiser vender só de um mês, você volta aqui depois de 30 dias e pega o cartão. Senão, volta mensalmente para retirar os 50% de dinheiro a que tem direito", explicou um dos atendentes. A pessoa interessada paga até R$ 2,90, R$ 0,10 a menos que o preço da passagem, para usar o cartão alheio.
Uma lei trabalhista de 1985 proíbe o trabalhador de revender o vale-transporte. O desrespeito pode render demissão por justa causa. Quem revende é passível de autuação criminal. E o usuário que adquire também pode responder por falsidade ideológica. A Polícia Civil da região não tem registros de ocorrência do tipo. Mas a fiscalização da abordagem inicial, das barracas na rua, é de responsabilidade do poder municipal. A Prefeitura de Santo André disse estar ciente do problema e que intensificou a atuação de fiscais nos terminais.
Por sua vez, a EMTU informou que vem adotando medidas para coibir o uso irregular do cartão. Uma delas é o limite de dez viagens por dia. Outra é o tempo de 60 minutos de espera para passar novamente com o cartão na mesma catraca.
A empresa disse ainda que faz acompanhamento do uso de cartões de vale-transporte e que constatação de fraude, como o uso repetido do direito em um mesmo coletivo, pode acarretar em redução da quantidade de utilização e perda do direito de recarga diretamente na catraca, obrigando o usuário a ir em uma loja do BOM.
"Sei que é proibido, mas preciso do dinheiro. Como minha irmã não usa o cartão, achei por bem vender", disse um dos clientes da sala comercial que compra os créditos, que passava ali para retirar a cota mensal a que tem direito - R$ 75 -, referente às 50 passagens mensais que a irmã recebe no emprego.
Apesar de não revelar quantos mais topam deixar documentos na mão do grupo, o atendente disse que o esquema é novo e que ainda tem pequena cartela de clientes. "Por isso estamos pensando em até mesmo abaixar o preço para atrair mais pessoas. Todo mundo sai ganhando." (Colaboraram Cadu Proieti e Fábio Munhoz)
Fiscalização das prefeituras é falha e favorece comércio
As prefeituras dizem que fazem constantes fiscalizações para coibir o comércio ilegal ao lado de estações ou terminais. Mas é falha. Em todas há ambulantes, só que em Santo André a ousadia é maior. Principal estação de trem da Linha 10-Turquesa no Grande ABC, com a maioria dos 5,1 milhões de passagens em fevereiro, também é o ponto preferido de atuação dos ambulantes.
A procura é tanta por parte dos passageiros que não há necessidade sequer de diminuir os R$ 3 cobrados na bilheteria oficial. "Todo mundo prefere comprar bilhete aqui fora para fugir da fila. Não tenho tempo para ficar esperando", disse o vendedor Rafael Santos, 28 anos, que mora na Capital e trabalha em São Bernardo. Como ganha o vale-transporte apenas no Cartão BOM, não aceito no trem, todo dia ele paga um ambulante para escapar das filas, às 19h, e assim chegar em casa mais cedo.
"Nunca tive problema com bilhete falso. O pessoal sempre alerta para esse risco, mas a gente sabe exatamente de onde é a procedência: de trabalhador, como eu", completou.
Tamanha concorrência fez o vendedor de chicletes Maurício Costa, 39, desistir de vender bilhetes. Com um ponto fixo na frente da estação da CPTM, tinha lucro certo até o número de colegas aumentar. Com a adoção dos cartões Bom e Bilhete Único, da Capital, viu o movimento cair e disse estar arrependido.
"Não defendo a venda do passe. O transporte público só melhorou desde então, foi uma troca justa. O passe me ajudou em um momento difícil. Hoje, a bala consegue sustentar minha família."
Mercado paralelo de bilhetes tem queda
Cerca de 2,6 milhões de cartões BOM estão ativos. Desses, 50% são usados diariamente nas catracas da EMTU, incluindo o Corredor ABD de trólebus. O próximo passo, apesar de a CPTM não divulgar prazos, é a aceitação dessa forma de pagamento nas catracas do sistema ferroviário. No momento, é aceito apenas na Estação Palmeiras/Barra Funda, na Capital.
Pelo constante crescimento de usuários do BOM, o mercado paralelo de bilhetes magnéticos caiu consideravelmente. Mas não acabou. Nas três cidades em que o Diário não constatou a presença de revendedores, populares informaram que eles viraram figura rara. "Às vezes, você está no ponto ou no ônibus e o próprio trabalhador que quer repassar seu vale-transporte vem oferecer alguns bilhetes", disse passageira de São Caetano.
"Acabou. Hoje só tenho prejuízo", disse o ambulante Sebastião Torres, 63 anos, há 12 com uma barraca na região central de São Bernardo. "Hoje, se recebemos dez passes em um mês, é muito. E mesmo assim só vendo dois, três por semana", completou.
Ele explicou que a vantagem sempre foi pequena para os ambulantes. Trabalhadores que ganhavam cota de bilhetes eletrônicos acima do que precisam encontravam meio de lucrar. Cada passe era vendido por R$ 2. E revendido por R$ 2,80, R$ 0,10 a menos do preço da passagem na época.
"Tinha dia que você não ganhava nada. Mas o máximo que lucrava eram R$ 50, para encerrar o trabalho e ir ali no bar tomar um negocinho", brincou. Ciente de que o que fazia era errado, disse que nunca foi incomodado por fiscal da Prefeitura. "Nem paguei nada para eles."
Benedita Silva, 58, 11 deles como ambulante em Diadema, olha para a barraca de carteiras e carregadores de celular e suspira. "Muita gente perdeu o emprego. Meu filho, por exemplo. O passe acabou", disse. Com número fixo de clientes mensais - venda e compra -, já lucrou R$ 700 em um mês só com a revenda de bilhetes. "Agora, a maioria teve de voltar a vender doce ou bala. Os cartões acabaram com a mamata."